O inevitável aconteceu.
A extrema-direita venceu a primeira volta das eleições regionais francesas.
Venceu alicerçada no discurso anti-europeu, contra o "euro" e, demagógicamente, pegando na bandeira que a esquerda não soube defender, a bandeira da defesa do Estado Social.
Venceu também graças à incompetência da União Europeia em lidar com o dramas da emigração e beneficiando dos erros da política externa europeia no Líbano, na Síria e no resto do Médio Oriente que estão na origem, não só do drama dos refugiados como da onda terrorista.
A destruição da classe média na Europa graças às políticas austeritárias também muito tem contribuído para a ascensão da extrema-direita, e não só em França.
Além disso, um certo discurso defensivo do poder clássico Europeu sobre os emigrantes e sobre o terrorismo tem contribuído para legitimar o discurso da extrema-direita.
Se as políticas económicas e socias europeias não mudarem rápidamente de rumo, está aberto o caminho à extrema-direita e ao fim da Europa da tolerância e da igualdade.
Se a Europa não encontrar rápidamente uma solução para o drama dos refugiados, está aberto o caminho para que muitas mais "Le Pen" floresçam por essa Europa fora.
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