(Fonte: Expresso)
É desta vez que José Sócrates consegue o seu velho sonho de acabar com a classe média.
Um país de pobrezinhos que, em troca de uns miseráveis apoios sociais o aclamem nos actos eleitorais, garantindo-lhe a sobrevivência política necessária para continuar a distribuir benesses aos seus amigos novos-ricos, tipo Vara ou Constâncio, é o grande programa político de José Sócrates.
Um país de pobrezinhos, por um lado, e de grandes fortunas por outro lado, obtidas à custa da distribuição do que resta de empresas públicas aos amigos do costume.
A prazo é essa a imagem social que o país vai ter com este PEC, construído tendo por base a cobardia política desta gente perante as bocas e negociatas das desacreditadas agências de rating e o ódio que nutrem por uma classe média com capacidade crítica e formada com base num trabalho esforçado.
Outra coisa não é de esperar de quem ascendeu socialmente à custa de obscuras negociatas, próprias ou de amigos, de jogadas de bastidores e da "compra" de diplomas.
Pela segunda vez Sócrates enganou os eleitores.
Da priemeira vez, fartos do discurso do "déficit" e do "país de tanga", e perante o desastrado governo de Santana Lopes, o eleitorado deu-lhe a maioria absoluta. Depois foi o que se viu.
Desta última vez, desbaratando o que tinha e o que não tinha para "combater os efeitos da crise", apresentando como solução os grandes investimentos estatais, com falinhas mansas para o funcinalismo público, voltou a ganhar eleições, embora sem maioria absoluta.
Agora, dá o dito pelo não dito, obriga-nos a pagar as ajudas ao sector financeiro, que colocou as finanças públicas na bancarrota, recua nas obras públicas, fazendo o que sempre disse que não fazia e voltou a usar os funcionários públicos como bode expiatório da sua incompetência financeira.
Por quanto tempo mais vamos ter de aturar esta gente?
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