Para os meus amigos, neste dia que é mundial da poesia e da àrvore:
"Árvore Aberta
De António Ramos Rosa
Dobrei teus pulsos a dura aranha
do teu corpo
a tua árvore
faca que rasgou a barreira do ventre
a tua face abrindo-se como um barco
amei-te tempestade de ossos e de nervos
contra ti
contra ti
exílio
pátria sobre o chão
e fuga
furiosa e suave lâmina animada
bebida a jactos
aranha alta e linda
enclavinhada
destilando o suor a baba o vinho a seiva
o estrépito da primavera
de uma árvore que se abre
no silêncio
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