Passam hoje 40 anos que o homem pisou solo lunar pela primeira vez.
Pertenço à geração que viveu a sua infância a seguir, com entusiasmo, as emissões em directo, a preto e branco, da RTP, onde se mostravam os lançamentos dos foguetões Saturno que colocaram em órbita as cápsulas do projecto Apolo.
Essas emissões eram entusiasticamente comentadas por Eurico da Fonseca, um homem que nos contagiava a todos.
Sendo então criança, muitas das minhas brincadeiras de então giravam à volta da conquista do espaço, com foguetões feitos de caixas de fósforos, e caricas transformadas em astronautas. Não era tão radical como um amigo meu que colocava os “astronautas” (caricas de garrafas) dentro de uma caixa envolvida em “prata de chocolate”, levava-os ao fogão durante alguns segundos e depois, abrindo a caixa, se as caricas estivessem queimadas a “missão” tinha falhado, e procedia ao “funeral” das caricas, se estivessem intactas, a “missão” tinha sido um “êxito” e o acto era comemorado com pompa e circunstância, sendo os “astronautas” recebidos com um grandioso desfile de caricas.
O entusiasmo pela conquista do espaço ao longo desses anos 60 também se deveu, pela minha parte, ao entusiasmo com que o meu pai seguia esses acontecimentos. Ainda possuo recortes de jornais e revistas desses tempos , que o meu pai comentava com entusiasmo e guardava religiosamente, com uma grande esperança que a conquista do espaço contribuísse para o progresso da humanidade e para a união entre os homens.
Por isso tenho bem presente essa madrugada de 20 de Julho, quando o meu pai me acordou para assistir ao momento histórico que estava a ser transmitido em directo pela RTP.
Lembro-me, entre o espantado, o ensonado e o entusiasmado, do primeiro passeio desses heróis do século XX em solo Lunar.
Infelizmente, poucos anos depois, deixou de se enviar homens à Lua e assim, estranhamente, quase metade da população que hoje vive sobre a terra só conhece esses feitos pelos relatos dos mais velho, aqueles que hoje têm mais de 45 anos, com idade para terem memória desse acontecimento.
Pertenci à geração que, pela primeira vez, viu as fotografias da terra tiradas do espaço e da Lua, revolucionando a imagem que tínhamos do nosso planeta e da nossa dimensão humana.
A minha geração, numa perspectiva universal, viveu em directo três grandes momentos que a marcaram: a Chegada do homem à Lua; a queda do Muro de Berlim e o 11 de Setembro.
Se o último foi uma tragédia, o do meio uma ilusão rapidamente engolida pela voragem do neo-liberalismo, o primeiro foi o mais puro, pela forma como, num único dia, conseguiu unir toda a Humanidade.
Foi, como disse Amstrong, um “pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”.
Por esse dia, obrigado Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins!
Pertenço à geração que viveu a sua infância a seguir, com entusiasmo, as emissões em directo, a preto e branco, da RTP, onde se mostravam os lançamentos dos foguetões Saturno que colocaram em órbita as cápsulas do projecto Apolo.
Essas emissões eram entusiasticamente comentadas por Eurico da Fonseca, um homem que nos contagiava a todos.
Sendo então criança, muitas das minhas brincadeiras de então giravam à volta da conquista do espaço, com foguetões feitos de caixas de fósforos, e caricas transformadas em astronautas. Não era tão radical como um amigo meu que colocava os “astronautas” (caricas de garrafas) dentro de uma caixa envolvida em “prata de chocolate”, levava-os ao fogão durante alguns segundos e depois, abrindo a caixa, se as caricas estivessem queimadas a “missão” tinha falhado, e procedia ao “funeral” das caricas, se estivessem intactas, a “missão” tinha sido um “êxito” e o acto era comemorado com pompa e circunstância, sendo os “astronautas” recebidos com um grandioso desfile de caricas.
O entusiasmo pela conquista do espaço ao longo desses anos 60 também se deveu, pela minha parte, ao entusiasmo com que o meu pai seguia esses acontecimentos. Ainda possuo recortes de jornais e revistas desses tempos , que o meu pai comentava com entusiasmo e guardava religiosamente, com uma grande esperança que a conquista do espaço contribuísse para o progresso da humanidade e para a união entre os homens.
Por isso tenho bem presente essa madrugada de 20 de Julho, quando o meu pai me acordou para assistir ao momento histórico que estava a ser transmitido em directo pela RTP.
Lembro-me, entre o espantado, o ensonado e o entusiasmado, do primeiro passeio desses heróis do século XX em solo Lunar.
Infelizmente, poucos anos depois, deixou de se enviar homens à Lua e assim, estranhamente, quase metade da população que hoje vive sobre a terra só conhece esses feitos pelos relatos dos mais velho, aqueles que hoje têm mais de 45 anos, com idade para terem memória desse acontecimento.
Pertenci à geração que, pela primeira vez, viu as fotografias da terra tiradas do espaço e da Lua, revolucionando a imagem que tínhamos do nosso planeta e da nossa dimensão humana.
A minha geração, numa perspectiva universal, viveu em directo três grandes momentos que a marcaram: a Chegada do homem à Lua; a queda do Muro de Berlim e o 11 de Setembro.
Se o último foi uma tragédia, o do meio uma ilusão rapidamente engolida pela voragem do neo-liberalismo, o primeiro foi o mais puro, pela forma como, num único dia, conseguiu unir toda a Humanidade.
Foi, como disse Amstrong, um “pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade”.
Por esse dia, obrigado Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins!
1 comentário:
Excelente post .
Agradeço destaque dado ao Clube dos Pensadores do qual sou autor.
JJ
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