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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Centenários - 17 - Pungo Andongo (Angola)

Na sua edição de 12 de Abril de 1909, inseria a “Ilustração Portuguesa” uma reportagem fotográfica, da autoria de António de Brito sobre a região angolana de Pungo Andongo, conhecida também pela suas “Pedras Negras”.
A vila de Pungo Andongo ficava no distrito de Luanda, “ao norte da margem direita do rio Quanza, a 430 kilómetros do litoral e a 1:100 metros de altitude”.
Nela esteve desterrado, por ordens do Marquês de Pombal, o ministro José de Seabra da Silva.
“Entre uma garganta formada por altos penhascos, constituídos por conglomerados de calhaus roliços, alguns inacessíveis, a povoação serpenteia n’uma extensão d’uns quinhentos metros e tem o aspecto mais phantastico e maravilhoso que nos seja dado imaginar”.
Existiam na região “as celebres pegadas da rainha Ginga, (…) umas enormes pegadas gravadas na pedra, à beira d’um regato, e que a lenda nos diz “ terem sido “marcadas alli na occasião da sua fuga, quando esta fortaleza natural lhe foi tomada pelas tropas portuguezas”.
Então sede de concelho, Pungo Andongo, outrora um importante “empório commercial”, conhecia um período de decadência, devido ao avanço da linha férrea para o interior de Lunda, conservando então “somente duas casas commerciaes”, sendo, apesar de tudo, à época, “uma das mais populosas villas d’África”.

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