Sou defensor de que um governo legitimamente eleito deve cumprir o
mandato para o qual foi eleito, por muito que ele nos desagrade, e raramente alinho, nas manifestações onde
participo, na palavra de ordem, recorrente nesses “eventos”, onde se grita “Governo
para a Rua!”.
Sim, eu sei que não existe vergonha entre a nossa classe política, que
engaveta constantemente as promessas feitas no passado que mente descaradamente
durante as campanhas eleitorais e que usa a política para tratar dos negócios
próprios ou dos que lhe são próximos, atitudes tomadas quando chegam ao governo e que os deslegitimam rápidamente. Mas com essa realidade até podíamos ir lidando
e o país lá ia funcionado.
Contudo, desta vez, tenho de reconhecer, a arrogância e a mentira
incompetentes desta gente que nos governa está a ir longe de mais, e, para
salvar o país e a dignidade dos portugueses, está na hora de deixar o país e os
portugueses em paz.
A “barracada” do início do ano lectivo é bem o retracto da
incompetência dos “meninos do coro” que tomaram conta do governo deste país sob
a liderança do intragável Passos Coelho e a bênção de um Presidente da República
(República?...só se for das bananas!!!) meio apatetado.
Como escreve hoje João Miguel Tavares no Público “é inadmissível ter um
governo que exige tanto aos portugueses e tão pouco a si próprio”.
Mas se a desgraça se ficasse pela educação!!!? … a desgraça é generalizada…depois de três
anos a empobrecer os portugueses e a mandar para a emigração os jovens mais
qualificados, o governo tem andado entretido nos últimos tempos a gerar a maior
bagunça na justiça e na saúde.
Ou seja, a bagunça afinal não é incompetência, é mesmo um programa
político de desmantelamento do “estado social”.
Perante a bagunça, especialmente notória na educação e na justiça, para
além do obscuro caso da Tecnoforma que mancha a imagem de “incorruptibilidade”
que o primeiro-ministro tentou vender, e, com a ausência em parte “incerta”
do vice-primeiro-ministro Paulo Portas (em passeios semanais pelo mundo, acompanhado por vastas comitivas pagas pelo contribuinte), só restaria a um
Presidente da República, digno do cargo que ocupa, despedir esta gente com
justa causa. Já houve governos despedidos por menos…mas isso foi no tempo em
que existiam presidentes da república dignos do cargo.
Só que acontece, para desgraça de todos nós, que este governo foi apadrinhado,
desde o primeiro dia por um Presidente da República que acha que “não tem dúvidas e raramente se engana” .
Encarar de frente a bagunça em que esta gente lançou o país e os
portugueses seria reconhecer que ter dúvidas não é um defeito e que se enganou,
e bem, em apadrinhar esta trupe. Mas isso não está ao alcance de uma cabecinha
como a do sr. Silva, incapaz de ver para além do espelho que lhe colocam à frente.
Ou seja, para desgraça de todos nós, vamos ter de aturar esta gente e a
sua arrogância incompetente durante mais um ano....!!!
....mas, ao menos ponham o Crato a "andar"...não é pedir muito!
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