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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A História Humana já conheceu muitas desgraças e misérias, mentiras, injustiças e crimes, guerras e revoluções.

Mas, apesar disso, depois de ultrapassados esses períodos maus, vinha sempre um salto em frente, as condições de vida iam melhorando e, pelo menos, a percepção do mal levava a humanidade a procurar soluções que evitassem o regresso ao passado.

Muitos dos actuais profetas da inevitabilidade da perda de direitos sociais ( e por tabela, e a seu tempo virão os políticos) em nome de um futuro de miséria para 99% e de grande prosperidade para os restantes 1%, são os mesmos que nos venderam o século XXI como um século glorioso de pujança neo-liberal, o “fim da história”, precursora do pensamento único, sem alternativas à selvajaria capitalista.

As grandes crises, que levaram a grandes conflitos e a revoluções violentas, tinham geralmente como causa grandes catástrofes alimentares, sociais, naturais, ou militares.

Só isso justificava a interrupção de um caminho mais justo e humanos que todos procuravam e defendiam (com sinceridade ou não), o qual era retomado quando esses conflitos passavam.

Pela primeira vez na história não vivemos um momento de grande retrocesso social e humanos causado por uma guerra ou por uma catástrofe natural, mas apenas porque uns tantos gananciosos, ligados ao mundo financeiro, viram na criação de uma crise artificial um modo de rápido de enriquecimento.

Não tendo havido uma guerra ou uma grande catástrofe natural, haver ou não dinheiro, que é a base da liberdade de cada um num sistema capitalista, não depende do clima, como parece que nos querem convencer, mas apenas das opções políticas.

Também pela primeira vez na história o discurso das elites dominantes, vinculadas pelos seus aparelhos ideológicos, não promete que depois da tempestade venha a bonança. Antes pelo contrário, pretende vender-nos um mundo ainda mais injusto, uma crise sem fim e o retrocesso social e humano como única “alternativa” e como algo natural e normal paras as sociedades do futuro.

Mas toda essa gente, políticos, economistas, banqueiros, comentadores de serviço e tantos outros à sua boleia, que nos pretende vender como inevitável um futuro ainda pior para todos nós e para os nossos filhos, talvez venha a ter uma grande surpresa no próximo dia 15 de Outubro….

…É que há cada vez mais razão para gritar a indignação à escala global.

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