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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Invasão da Ucrânia – Só cá faltava o racismo!!


Quando ontem me mostraram vídeos, onde se revelavam as atitudes racistas das autoridades ucranianas, junto à fronteira polaca, no tratamento que estavam a dar a negros e pessoas de origem árabe, trabalhadores na Ucrânia, que tentavam fugir da guerra, atribui isso a fake news inventadas pelos russos.

Afinal, infelizmente, não são fake news.

Já hoje, numa reportagem do jornal Público, sobre os refugiados ucranianos que fugiam para a Polónia, se referia o “tratamento diferenciado” dado a negros e magrebinos, que procuravam fugir à guerra, junto com a sua família, por parte das autoridades fronteiriças ucranianas e polacas (reportagem “Refugiados…”, de João Ruela Ribeiro, Público de 28 de Fevereiro de 2022), tratamento igulmente denunciado por brasileiros à imprensa do seu país.

Também hoje, logo de manhã, a RTP 1 falava com uma portuguesa de origem africana, a viver em Portugal, que se queixava das dificuldades que estavam a levantar ao seu filho e a um colega dele, filho esse com nacionalidade portuguesa e passaporte português, cidadão da União Europeia, como destacava essa mãe em desespero, dificuldade essa motivada apenas pela cor da pele.

Agora, neste momento, perto do meio-dia, oiço uma reportagem na Antena 1, a partir da fronteira polaca, onde se confirma o tratamento desigual em relação aos refugiados, em função da cor da pele.

Sem esquecer  a responsabilidade máxima do ditador russo por toda esta situação, uma invasão ilegal e desumana de um país soberano, como o é a Ucrânia, não podemos deixar que actos como estes tenham lugar.

A primeira baixa de uma guerra é a verdade, outra é trazer ao de cima o pior da condição humana. 

Uma guerra trás ao de cima o melhor da condição humana, como a solidariedade demonstrada pelo mundo em relação ao agredido povo ucraniano e a resiliência e combatividade dos ucranianos, mas também o pior da condição humana, com se demonstra por estes actos lamentáveis de racismo por parte de alguns ucranianos e polacos.

Ficamos a aguardar a reacção das autoridades portuguesas e das instituições europeias  em relação a estes lamentáveis actos de racismo, e que a nossa comunicação social não deixe passar em claro estes lamentáveis actos perpetrados por uma minoria de ucranianos.

3 comentários:

joneses disse...

não consegui ler o texto. tropecei nas vírgulas

Venerando António Aspra de Matos disse...

Tem razão. Obrigdo. Vou corrigir o texto (foi escrito à pressa e em cima do joelho...)Abraço.

opjj disse...

Vi a entrevista desse casal de cor e não notei essa diferenciação. Pareceu-me normal.