Partindo dos dados divulgados pela OMS, no seu site oficial, voltamos a
analisar os números referentes à evolução a mortalidade provocada pelo COVID-19
entre o dia 7 e o dia 14 de Maio, sendo esta a 6ª semana que o fazemos, a
segunda tendo por base a comparação entre 35 países ( ver o resultado da semana
anterior AQUI, bem como os critérios que temos seguido).
Começamos pelo registo, por ordem decrescente, do número de mortos
registados até à data de hoje nesses 35 países:
TOTAL NO MUNDO – 290 242 mortes registadas;
ESTADOS UNIDOS da AMÉRICA – 80 695;
REINO UNIDO – 32 692;
ITÁLIA – 30 911;
FRANÇA – 26 948;
ESPANHA – 26 920;
BRASIL – 12 400;
BÉLGICA – 8761;
ALEMANHA – 7 634;
IRÃO – 6 783;
HOLANDA – 5 510;
CANADÁ – 5 209;
CHINA – 4 644;
TURQUIA – 3 894;
SUÉCIA – 3 315;
ÍNDIA – 2 415;
RÚSSIA – 2 212;
SUÍÇA – 1 560;
MÉDIA MUNDIAL por PAÍS –
1 488;
IRLANDA – 1 488;
PORTUGAL – 1 163;
JAPÃO – 687;
AUSTRIA – 623;
DINAMARCA – 527;
RÉPUBLICA CHECA – 283;
FINLÂNDIA – 275;
ISRAEL – 262;
COREIA DO SUL – 260;
NORUEGA – 228;
ÁFRICA DO SUL – 219;
GRÉCIA – 152;
AUSTRÁLIA – 98;
CUBA – 79;
SINGAPURA – 21;
NOVA ZELÂNDIA – 21;
ISLÂNDIA – 10;
PALESTINA – 4.
De destacar a situação dos Estados Unidos que regista cerca de ¼ dos
infectados e dos mortos a nível mundial.
Contudo, o conjunto dos países da União Europeia (na qual temos seguido
14 países) ultrapassa aqueles números.
De destacar também os casos do Reino Unido e da Itália, países que
registam, cada um, 10% da mortalidade mundial.
É significativo também a grave situação na Alemanha, na Holanda e na
Suécia, países que chegaram a ser indicados como “exemplo”.
Portugal mantém-se abaixo da média por país a nível mundial.
Na segunda listagem registamos o aumento percentual da mortalidade
nesses países durante a última semana (entre 7 e 14 de Maio), por ordem
decrescente:
BRASIL – 56,54 % de aumento de mortalidade numa semana;
RÚSSIA – 43,91;
ÁFRICA DO SUL – 43,13;
ÍNDIA – 42,56;
CANADÁ – 26,70;
JAPÃO – 24, 68;
ESTADOS UNIDOS – 23,77;
SUÉCIA – 16, 15;
MÉDIA MUNDIAL – 15,42;
CUBA – 14,49;
FINLÂNDIA – 11, 78;
IRLANDA – 11,12;
REINO UNIDO – 11,09;
TURQUIA – 10,62;
ISRAEL – 10,54;
REPÚBLICA CHECA – 10,11;
BÉLGICA – 9,29;
ALEMANHA – 9,11;
NORUEGA – 9, 09;
PORTUGAL – 8, 28;
HOLANDA – 6,61;
ESPANHA – 6,28;
ITÁLIA – 6,06;
FRANÇA – 5, 71;
IRÃO – 5,68;
SUIÇA – 5,26;
SINGAPURA – 5;
DINAMARCA – 4,77;
GRÉCIA – 4,10;
ÁUSTRIA – 2,80;
COREIA DO SUL – 1,56;
AUSTRÁLIA – 1,03;
CHINA – 0,02;
NOVA ZELÂNDIA – 0;
ISLÂNDIA – 0;
PALESTINA – 0.
Apesar de se registar um abrandamento a nível mundial, são de registar
as situações preocupantes do Brasil, da Rússia, da África do Sul e da Índia,
até porque são países extensos e muito populosos.
Pelo contrário, a boa notícia é a desaceleração sustentada de países
como a Itália, a França e a França, com uma média percentual de menos de 1% de
novas mortes por dia.
Portugal está numa situação positiva, embora ligeiramente acima da
média diária de 1% de crescimento.
Parece-nos que só abaixo de um crescimento semanal de 7% se pode
começar a “respirar” com algum alívio.
Na terceiro registo, classificamos os países na relação entre o número
oficial de infectados e a percentagem da mortalidade registada entre eles:
FRANÇA – 19,50% de mortos entre o total de infectados;
BÉLGICA – 16,29%;
REINO UNIDO – 14,43;
ITÁLIA – 13,97;
HOLANDA – 12,81;
SUÉCIA – 12,15;
ESPANHA – 11,80;
CANADÁ – 7,28;
BRASIL – 6,98;
MUNDO – 6,88;
IRLANDA – 6,40;
ESTADOS UNIDOS – 6,02;
IRÃO – 6,01;
GRÉCIA – 5,53;
CHINA – 5, 49;
SUIÇA – 5,14;
DINAMARCA – 4,97;
FINLÂNDIA – 4,58;
ALEMANHA – 4,45;
CUBA – 4,36;
JAPÃO – 4,27;
PORTUGAL – 4,16;
ÁUSTRIA – 3,91;
REPÚBLICA CHECA – 3,44;
ÍNDIA – 3,25;
NORUEGA – 2,80;
TURQUIA – 2,75;
COREIA SUL – 2,36;
NOVA ZELÂNDIA – 1,83;
ÁFRICA DO SUL – 1,81;
ISRAEL – 1,58;
AUSTRÁLIA – 1,40;
RÚSSIA – 0,91;
PALESTINA – 0,72;
ISLÂNDIA – 0,55;
SINGAPURA – 0,08.
A análise destes dados permite aferir quais os países que melhor
respondem aos efeitos sanitários da infecção.
A menor percentagem de mortos entre os infectados pode significar uma
maior eficácia dos sistemas de saúde, mas há também que ter em conta que a
mortalidade também pode ser condicionada pelo envelhecimento da população, pela
situação económica e social, pela genética dos sistemas imunitários, pelo sistema
de vacinação e até pela forma diferente como são fetos os testes e
contabilizados os infectados.
Seja com for, Portugal está mais uma vez numa boa posição em relação
até a países considerados mais desenvolvidos, como a Dinamarca ou a Alemanha,
por exemplo.
Mais uma vez, países como a Holanda ou a Suécia saem mal no “retrato”.
Tendo em conta as limitações e as divergências nalguns dos critérios
anteriores, outra forma de aferir o desempenho de cada país é a relação da
mortalidade por cada 100 mil habitantes:
BÉLGICA – 76,48 mortos por cada 100 mil habitantes;
ESPANHA – 57,69;
ITÁLIA – 51,18;
REINO UNIDO – 49.50;
FRANÇA – 40,22;
SUÉCIA – 32,42;
HOLANDA – 31,85;
IRLANDA – 30,63;
ESTADOS UNIDOS – 24,54;
SUIÇA – 18,29;
CANADÁ – 13,70;
PORTUGAL – 11,30;
ALEMANHA – 9,19;
DINAMARCA – 9,07;
IRÃO – 8,25;
ÁUSTRIA – 7,03;
BRASIL – 5,90;
FINLÂNDIA – 4,98;
TURQUIA – 4,68;
NORUEGA – 4,24;
MUNDO – 3,76;
ISRAEL – 2,85;
ISLÂNDIA – 2,73;
SINGAPURA – 2,64;
RÚSSIA – 1,50;
GRÉCIA – 1,41;
CUBA – 0,70;
JAPÃO – 0,54;
COREIA DO SUL – 0,50;
NOVA ZELÂNDIA – 0,42;
AUSTRÁLIA – 0,38;
ÁFRICA DO SUL – 0,37;
SINGAPURA – 0,36;
CHINA – 0,33;
ÍNDIA – 0,17;
PALESTINA – 0,08.
Este critério também é falível, pois países com uma grande base
demográfica de referência ficam beneficiados, não revelando a eficiência da
resposta em países que tiveram a sorte de serem menos atingidos, por razões
geográficas, pelo seu isolamento ou até por razões climatéricas, sem esquecer o
efeito do envelhecimento.
Só a combinação de vários critérios pode aferir do melhor ou pior
desempenho de cada país.
Portugal, apesar de se sair menos bem neste último critério, no geral
demonstra, até agora, uma boa
resiliência do seu sistema de saúde na forma com está a enfrentar esta
epidemia.
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