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quinta-feira, 14 de maio de 2020

COVID-19 – OUTRA MANEIRA DE OLHAR PARA OS NÚMEROS (6ª Semana).


Partindo dos dados divulgados pela OMS, no seu site oficial, voltamos a analisar os números referentes à evolução a mortalidade provocada pelo COVID-19 entre o dia 7 e o dia 14 de Maio, sendo esta a 6ª semana que o fazemos, a segunda tendo por base a comparação entre 35 países ( ver o resultado da semana anterior AQUI, bem como os critérios que temos seguido).

Começamos pelo registo, por ordem decrescente, do número de mortos registados até à data de hoje nesses 35 países:

TOTAL NO MUNDO – 290 242 mortes registadas;

ESTADOS UNIDOS da AMÉRICA – 80 695;
REINO UNIDO – 32 692;
ITÁLIA – 30 911;
FRANÇA – 26 948;
ESPANHA – 26 920;
BRASIL – 12 400;
BÉLGICA – 8761;
ALEMANHA – 7 634;
IRÃO – 6 783;
HOLANDA – 5 510;
CANADÁ – 5 209;
CHINA – 4 644;
TURQUIA – 3 894;
SUÉCIA – 3 315;
ÍNDIA – 2 415;
RÚSSIA – 2 212;
SUÍÇA – 1 560;

MÉDIA MUNDIAL por PAÍS – 1 488;

IRLANDA – 1 488;

PORTUGAL – 1 163;

JAPÃO – 687;
AUSTRIA – 623;
DINAMARCA – 527;
RÉPUBLICA CHECA – 283;
FINLÂNDIA – 275;
ISRAEL – 262;
COREIA DO SUL – 260;
NORUEGA – 228;
ÁFRICA DO SUL – 219;
GRÉCIA – 152;
AUSTRÁLIA – 98;
CUBA – 79;
SINGAPURA – 21;
NOVA ZELÂNDIA – 21;
ISLÂNDIA – 10;
PALESTINA – 4.

De destacar a situação dos Estados Unidos que regista cerca de ¼ dos infectados e dos mortos a nível mundial.

Contudo, o conjunto dos países da União Europeia (na qual temos seguido 14 países) ultrapassa aqueles números.

De destacar também os casos do Reino Unido e da Itália, países que registam, cada um, 10% da mortalidade mundial.

É significativo também a grave situação na Alemanha, na Holanda e na Suécia, países que chegaram a ser indicados como “exemplo”.

Portugal mantém-se abaixo da média por país a nível mundial.

Na segunda listagem registamos o aumento percentual da mortalidade nesses países durante a última semana (entre 7 e 14 de Maio), por ordem decrescente:

BRASIL – 56,54 % de aumento de mortalidade numa semana;
RÚSSIA – 43,91;
ÁFRICA DO SUL – 43,13;
ÍNDIA – 42,56;
CANADÁ – 26,70;
JAPÃO – 24, 68;
ESTADOS UNIDOS – 23,77;
SUÉCIA – 16, 15;

MÉDIA MUNDIAL – 15,42;

CUBA – 14,49;
FINLÂNDIA – 11, 78;
IRLANDA – 11,12;
REINO UNIDO – 11,09;
TURQUIA – 10,62;
ISRAEL – 10,54;
REPÚBLICA CHECA – 10,11;
BÉLGICA – 9,29;
ALEMANHA – 9,11;
NORUEGA – 9, 09;

PORTUGAL – 8, 28;

HOLANDA – 6,61;
ESPANHA – 6,28;
ITÁLIA – 6,06;
FRANÇA – 5, 71;
IRÃO – 5,68;
SUIÇA – 5,26;
SINGAPURA – 5;
DINAMARCA – 4,77;
GRÉCIA – 4,10;
ÁUSTRIA – 2,80;
COREIA DO SUL – 1,56;
AUSTRÁLIA – 1,03;
CHINA – 0,02;
NOVA ZELÂNDIA – 0;
ISLÂNDIA – 0;
PALESTINA – 0.

Apesar de se registar um abrandamento a nível mundial, são de registar as situações preocupantes do Brasil, da Rússia, da África do Sul e da Índia, até porque são países extensos e muito populosos.

Pelo contrário, a boa notícia é a desaceleração sustentada de países como a Itália, a França e a França, com uma média percentual de menos de 1% de novas mortes por dia.

Portugal está numa situação positiva, embora ligeiramente acima da média diária de 1% de crescimento.

Parece-nos que só abaixo de um crescimento semanal de 7% se pode começar a “respirar” com algum alívio.

Na terceiro registo, classificamos os países na relação entre o número oficial de infectados e a percentagem da mortalidade registada entre eles:

FRANÇA – 19,50% de mortos entre o total de infectados;
BÉLGICA – 16,29%;
REINO UNIDO – 14,43;
ITÁLIA – 13,97;
HOLANDA – 12,81;
SUÉCIA – 12,15;
ESPANHA – 11,80;
CANADÁ – 7,28;
BRASIL – 6,98;

MUNDO – 6,88;

IRLANDA – 6,40;
ESTADOS UNIDOS – 6,02;
IRÃO – 6,01;
GRÉCIA – 5,53;
CHINA – 5, 49;
SUIÇA – 5,14;
DINAMARCA – 4,97;
FINLÂNDIA – 4,58;
ALEMANHA – 4,45;
CUBA – 4,36;
JAPÃO – 4,27;

PORTUGAL – 4,16;

ÁUSTRIA – 3,91;
REPÚBLICA CHECA – 3,44;
ÍNDIA – 3,25;
NORUEGA – 2,80;
TURQUIA – 2,75;
COREIA SUL – 2,36;
NOVA ZELÂNDIA – 1,83;
ÁFRICA DO SUL – 1,81;
ISRAEL – 1,58;
AUSTRÁLIA – 1,40;
RÚSSIA – 0,91;
PALESTINA – 0,72;
ISLÂNDIA – 0,55;
SINGAPURA – 0,08.

A análise destes dados permite aferir quais os países que melhor respondem aos efeitos sanitários da infecção.

A menor percentagem de mortos entre os infectados pode significar uma maior eficácia dos sistemas de saúde, mas há também que ter em conta que a mortalidade também pode ser condicionada pelo envelhecimento da população, pela situação económica e social, pela genética dos sistemas imunitários, pelo sistema de vacinação e até pela forma diferente como são fetos os testes e contabilizados os infectados.

Seja com for, Portugal está mais uma vez numa boa posição em relação até a países considerados mais desenvolvidos, como a Dinamarca ou a Alemanha, por exemplo.

Mais uma vez, países como a Holanda ou a Suécia saem mal no “retrato”.

Tendo em conta as limitações e as divergências nalguns dos critérios anteriores, outra forma de aferir o desempenho de cada país é a relação da mortalidade por  cada 100 mil habitantes:

BÉLGICA – 76,48 mortos por cada 100 mil habitantes;
ESPANHA – 57,69;
ITÁLIA – 51,18;
REINO UNIDO – 49.50;
FRANÇA – 40,22;
SUÉCIA – 32,42;
HOLANDA – 31,85;
IRLANDA – 30,63;
ESTADOS UNIDOS – 24,54;
SUIÇA – 18,29;
CANADÁ – 13,70;

PORTUGAL – 11,30;

ALEMANHA – 9,19;
DINAMARCA – 9,07;
IRÃO – 8,25;
ÁUSTRIA – 7,03;
BRASIL – 5,90;
FINLÂNDIA – 4,98;
TURQUIA – 4,68;
NORUEGA – 4,24;

MUNDO – 3,76;

ISRAEL – 2,85;
ISLÂNDIA – 2,73;
SINGAPURA – 2,64;
RÚSSIA – 1,50;
GRÉCIA – 1,41;
CUBA – 0,70;
JAPÃO – 0,54;
COREIA DO SUL – 0,50;
NOVA ZELÂNDIA – 0,42;
AUSTRÁLIA – 0,38;
ÁFRICA DO SUL – 0,37;
SINGAPURA – 0,36;
CHINA – 0,33;
ÍNDIA – 0,17;
PALESTINA – 0,08.

Este critério também é falível, pois países com uma grande base demográfica de referência ficam beneficiados, não revelando a eficiência da resposta em países que tiveram a sorte de serem menos atingidos, por razões geográficas, pelo seu isolamento ou até por razões climatéricas, sem esquecer o efeito do envelhecimento.

Só a combinação de vários critérios pode aferir do melhor ou pior desempenho de cada país.

Portugal, apesar de se sair menos bem neste último critério, no geral demonstra, até agora,  uma boa resiliência do seu sistema de saúde na forma com está a enfrentar esta epidemia.

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