“Se a política for dominada pela especulação financeira ou se a economia for governada apena por um paradigma tecnocrático e utilitário, preocupado apenas com o aumento da produção, não conseguiremos compreender, quanto mais resolver, os grande problemas da humanidade”.
Sabe quem fez essa afirmação “irrealista” ?
Se alguém fizesse essa afirmação numa reunião do eurogrupo tinha de
aturar desde logo as invectivas ameaçadoras do sr.Schaüble ou do sr.Dijsselbloem,
logo apoiadas pelos ministros das finanças de Portugal e da Finlândia.
Se essa afirmação fosse feita no BCE, levaria uma resposta “dura” de
Draghi ou Constâncio.
Numa cimeira do Conselho Europeu, lá teria de ouvir as ameaças da sr.ª
Merkel e do sr TusK, apoiadas por Passos Coelho e por Rajoy.
Se fossem pronunciadas no Parlamento Europeu, lá teria de atura a má
cara do sr. Schultz e a irritação boçal do antigo primeiro-ministro grego.
No FMI a sr. Lagarde lá estaria para abafar uma tal reflexão.
Na Comissão Europeia o sr Juncker responderia com uma anedota..
Em Portugal logo teríamos uma matilha de professores universitários da
universidade “Católica” e do ISEG , secundados por comentadores televisivos, a
ridicularizarem o seu autor ou Cavaco Silva a chamá-lo à “realidade” e à “moderação”.
Ainda não descobriram quem proferiu aquela “perigosa” afirmação, quem foi o “atrevido” que desafiou o “paz”
dos “mercados” e as “boas intenções” dos
“credores”, “incapaz” de perceber a “realidade”?
Não, não foi nenhum “perigoso comunista” . Não, não foi o “terrorista”
Tsipras.
….foi ….o PAPA FRANCISCO, ontem na Bolívia!
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