(Presidência do FMI. de "mao a piao"?)
Lagarde enfrenta obstáculos políticos e judiciais agência financeira (clicar para ler notícia).
O anuncio da candidatura da ministra francesa das finanças, Christine Lagarde, à presidência do FMI, a concretizar-se, representa um regresso ao passado mais negro dessa instituição.
A evolução dessa instituição nos últimos anos, no sentido de uma maior humanização das suas receitas financeiras, aparecendo até, como aconteceu na recente negociação com Portugal, com uma atitude mais moderada e realista do que a dos representantes da União Europeia, irá mudar, para pior, se aquela senhora, como se prevê, vier a ser eleita para presidência do FMI.
A sr.ª Lagarde faz parte do restrito núcleo responsável pelo descalabro económico-financeiro da União Europeia e pelo abertura da guerra contra a Europa Social, os direitos sociais dos seus trabalhadores e contra os sectores produtivos, a favor dos sectores financeiros e dos “mercados”.
A sua eleição para a presidência do FMI beneficia de uma prerrogativa anti-democrática imposta àquela instituição financeira internacional, segundo a qual a Europa beneficia de uma espécie de “direito de pernada”, por troca do direito dos Estados Unidos presidirem ao Banco Mundial, deixando de fora de qualquer decisão os países emergentes, o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A forma como a União Europa tem gerido a crise actual, protegendo os interesses financeiros à custa dos direitos dos cidadãos, protegendo os off-shores à custa do estrangulamento fiscal dos europeus que trabalham e produzem, esquecendo a tão apregoada solidariedade europeia, nada fazendo para combater a especulação dos agiotas das empresas de rating e dos bancos, os principais beneficiários dos juros incomportáveis que impõem ao países em dificuldade, tudo isto devia ser um sério aviso para auilo que se pode esperar do FMI, caso este venha a ser presidido por alguém como Lagarde, ministra das finanças de Sarkozy, o principal aliado da srª Merkel na germanização da Europa.
Esperemos que os países emergentes se rebelem e apresentem um candidato comum, caso contrário, com a eleição daquela senhora, vamos ter um FMI a apagar o fogo da crise financeira internacional com a gasolina da incompetência europeia.
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