Foi ontem divulgada a morte de Jacques Martin, autor de Alix, uma das mais populares séries de Banda Desenhada da chamada escola franco-belga
Martin tinha 88 anos e faleceu de um edema pulmonar na Suiça
Nascido em Estrasburgo em 1921, estudou Artes e Ofícios na Bélgica, país onde acabou por se casar e fixar. Começou a trabalhar na revista Bravo em 1946 e, dois anos depois, fez parte do núcleo fundador da revista Tintin, juntamente com Hergé e Edgar P. Jacobs, tornando-se, juntamente com estes, um dos mestres da chamada « linha clara », marcada pelo estilo realista minucioso dos desenhos, e pela coloração quente que os preenchia .
Data desse ano de 1948 a criação da série Alix, onde se reconstroi minuciosamente, com base num trabalho de pesquisa documental rigorosa, próximo do trabalho de um verdadeiro historiados, a vida na Roma Antiga e no seu Império, tornando essa série um dos casos mais interessantes do género histórico em banda desenhada.
Alix deu origem a mais de trinta albuns.
A partir de 1953 entrou para os Estúdios Hergé, colaborando como o autor de Tintin dezanove anos.
Autor de sete séries de BD, quase todas de recriação histórica, criou outra série famosa, a única fora do domínio da História, as aventuras do jornalista Lefranc.
Na década de 80 foi afectado por problemas oculares que o obrigaram a abandonar progresivamente as suas tarefas como desenhador, mantendo contudo a responsabilidade pelos cenários e argumentos das suas séries.
Em 1984 recebeu as insignias de cavaleiros das Artes e Letras.
Jacques Martin deixa-nos poucos dias depois do falecimento de outro nome importante da Banda Desenhada franco-belga, Tibet, autor da série Ric Hochete, ocorrida no passado dia 2 de Janeiro.
Pessoalmente, devo a Jacques Martin e à sua série Alix o interesse que ainda hoje me acompanha pelas temáticas históricas relacionadas com a História da Roma Antiga.
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