Para salvar o euro, os mandões da EU resolveram alinhara pela velha receita de penalizar quem trabalha e quem não tem hipóteses de “fugir” aos impostos.
Tanta “coragem” para enfrentar os pobres e a cada vez mais enfraquecida “classe média”, contrasta com a forma como cedem à chantagem dos poderosos e obscuros interesses financeiros que todos os dias lançam milhões na miséria.
Foram incapazes que ilegalizar de vez os “off-shores” e denunciar os interesses que estão por detrás das empresas de rating, ou de impor o fim dos prémios aos gestores de “topo”, de controlar os chorudos ordenados ou acabar com as reformas de gente oriunda das grandes empresas financeiras e públicas, ou cobrar aos lucros cada vez maiores dos grandes bancos , das grandes empresas financeiras ou das grandes seguradoras, a mesma percentagem que exigem a quem trabalha e/ou a quem produz.
A crise foi provocada por uns tantos gananciosos que nunca fizeram mais nada na vida do que especular na bolsa, explorar mão-de-obra barata, fazerem-se à gestão de empresas públicas, acumularem reformas douradas, confundindo-se e cruzando-se muitas vezes com interesses obscuros ligados à indústria de armamento, ao comércio de droga, ao crime ambiental, escapando ao fisco através do branqueando os seus lucros em “off-shores”.
São eles que, directa ou indirectamente, mais ou menos às claras, pagam às agências de rating para que estas, com as suas recomendações, possam justificar o saque sobre os que trabalham e os que produzem, através das medidas tomadas pelos seus “rapazes” de serviço que estão à frente da maioria das instituições e dos governos da Europa.
Os gregos já perceberam isso, de forma violenta. Outros povos europeus se seguirão.
No meio da confusão, um cão surge como herói, um verdadeiro “revolucionário”, sempre do lado certo da barricada, à laia de exemplo de combatividade.
Chama-se Kanellos e tem aparecido em tudo o que é manifestação nas ruas de Atenas desde 2008, tornando-se já um símbolo.
É caso para dizer que até um cão sabe qual é o lado da barricada em que se deve colocar, na “guerra civil” europeia entre o grande capital especulativo e financeiro, por um lado, e os que trabalham, criam e produzem, por outro.
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