Já AQUI registámos a evolução do COVID-19 em 20 países durante a semana de 9 e 16 de Abril.
O critério usado e a escolha desses países foi explicada noutro post.
Mostramos agora a evolução da última semana, entre 16 e 23 de Abril, com base em vários tipos de gráficos que mostram várias realidades e várias formas de olhar para os números e a sua evolução nesses 20 países.
Usámos como principal indicador o número de mortos registados, com base nos dados hoje divulgados pela Organização Mundial de Saúde, que pode ter um desfasamento de 24 horas em relação a dados hoje divulgados nacionalmente.
Nº de Mortos Registados pela OMS em 23 de Abril de 2020 (por ordem decrescente):
ESTADOS UNIDOS - 40 073;
ITÁLIA - 25 085;
ESPANHA - 21 777;
FRANÇA - 21 307;
REINO UNIDO - 18 100;
BÉLGICA - 6 262;
IRÃO - 5 391;
ALEMANHA - 5 094;
CHINA - 4 642;
HOLANDA - 4 054;
BRASIL - 2 741;
SUÉCIA - 1 937;
SUIÇA - 1 216;
PORTUGAL - 785;
IRLANDA - 769;
ÁUSTRIA - 494;
DINAMARCA - 384;
COREIA DO SUL - 240;
FINLÂNDIA - 149;
GRÉCIA - 121.
(TOTAL MUNDIAL - 175 694)
Em relação à semana anterior, apenas duas mudanças, com a Bélgica a ultrapassar o Irão e a Finlândia a ultrapassar a Grécia em número de mortos.
Em baixo registamos o aumento percentual de mortos em relação ao número anterior:
FINLÂNDIA - uma aumento de 106, 9% de mortos em relação à semana anterior, embora, neste caso, com base num número reduzido;
BRASIL - 78,91%;
IRLANDA - 73, 19%;
SUÉCIA - 61, 01%;
ESTADOS UNIDOS - 54,89%;
ALEMANHA - 42,72%;
BÉLGICA - 41,03%;
REINO UNIDO - 40,65%;
CHINA - 38,48%;
A NÍVEL MUNDIAL - 34,23%
PORTUGAL - 31,05%;
HOLANDA - 29, 35%;
ÁUSTRIA - 25,69%;
SUIÇA - 24,97%;
DINAMARCA - 24,27%;
FRANÇA - 24,26%;
GRÉCIA - 18,62%;
ESPANHA - 16,89%;
ITÁLIA - 15,88%;
IRÃO - 12,85%;
COREIA DO SUL - 4,80.
No geral, em relação à evolução da semana anterior, e excluindo o caso da Finlândia, mas pouco significativo em números, regista-se um abrandamento geral da evolução da epidemia, uma desaceleração em relação à evolução da semana anterior.
De registar o caso Chinês, cuja subida não se deve a uma subida desta semana, mas de um acerto de números anteriores.
O Brasil é para já o caso mais preocupante e, pelo contrário, é uma boa notícia a grande desaceleração nos países mais atingidos.
Note-se o facto de a Suécia e de a Alemanha , dois países que abrandaram o confinamento e estão a manter maus resultados em relação à média de crescimento mundial no número de mortos registados.
Outra forma de ver os números é observando a percentagem de mortos em relação ao número de infectados:
FRANÇA - 18,06% no número total de mortos em relação ao número de infectados;
BÉLGICA - 14,94%;
REINO UNIDO - 13,55%;
ITÁLIA - 13,39%;
SUÉCIA - 12,10%;
HOLANDA - 11,63%;
ESPANHA - 10,42%;
MÉDIA MUNDIAL - 6,90%;
BRASIL - 6,39%;
IRÃO - 6,26%;
CHINA - 5,50%;
GRÉCIA - 5,02%;
ESTADOS UNIDOS - 5,00%;
DINAMARCA - 4,85%;
IRLANDA - 4,61%;
SUIÇA - 4,31%;
FINLÂNDIA - 3,60%;
PORTUGAL - 3,57%;
ALEMANHA - 3,44%;
ÁUSTRIA - 3,31%;
COREIA DO SUL - 2,24%.
Estes números, se os dados estiverem correctos, se todos os países contassem da mesma maneira infectados e mortos, se não houver erros de contagem, podem aferir sobre o êxito ou não da resposta do sistema de saúde de cada país, em combinação com a maior ou menor correcção das medidas tomadas.
E neste caso é significativo a má posição de países como a Bélgica, a Suécia e a Holanda, ao contrário de países como a Grécia, a Irlanda e Portugal.
Os dados de cima, para se perceber se reflectem bem essa realidade, podem ser aferidos com uma outra forma de contagem mais fiável, a quantidade de mortes por cada 100 mil habitantes:
BÉLGICA - 54,66 mortes de COVID -19 por 100 mil habitantes;
ESPANHA - 46,47;
ITÁLIA - 41,43;
FRANÇA - 31,80;
REINO UNIDO - 27,40;
HOLANDA - 23,43;
SUÉCIA - 18,94%;
IRLANDA - 15,83%;
SUÍÇA - 14,26;
ESTADOS UNIDOS - 12,19%;
PORTUGAL - 7,62;
DINAMARCA - 6,61;
IRÃO - 6,55;
ALEMANHA - 6,13;
ÁUSTRIA - 5,57;
FINLÂNDIA - 2,69;
MÉDIA MUNDIAL - 2,28;
BRASIL - 1,30;
GRÉCIA - 1,12;
COREIA DO SUL - 0,46:
CHINA - 0,33.
Confirma-se que, além dos casos conhecidos (Itália, Espanha, França e Reino Unido), também aqui países como a Bélgica, Holanda e Suécia saem muito mal na fotografia.
Os caso norte-americano, brasileiro e chinês podem enganar, devido à enorme base demográfica nos cálculos.
Voltaremos para a semana.
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