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quinta-feira, 16 de abril de 2020

COVID - 19 Outra maneira de olhar para os números- (2)

Regressamos hoje a uma leitura dos dados do COVID-19, a nível mundial, observando a evolução entre o dia 9, cujos dados publicámos AQUI, em comparação com os dados mais recentes, os publicados pela Organização Mundial de Saúde com a data de 16 de Abril.

Analisamos os números com base no número de mortos registados, um dado menos falível do que o número de infectados, já que o modo de contagem nem sempre é idêntico, e apesar de algumas dúvidas num ou noutro caso.

Se o número de infectados pode não ser todo contabilizado, porque existem critérios diferentes na sua contagem em cada país, já o número de mortos deve estar mais próximo da realidade, pois o seu registo é mais preciso e é difícil de disfarçar, nem que seja por pressão de familiares e amigos.

Começamos pelo balanço, em números brutos, do número de mortos, nos 20 países que escolhemos como base de análise:

Nº de Mortos Registados pela OMS em 16 de Abril de 2020 (por ordem decrescente):

USA - 25 871;
ITÁLIA - 21 647;
ESPANHA - 18 579;
FRANÇA - 17 146;
REINO UNIDO - 12 868;
IRÃO - 4 777;
BÉLGICA - 4 440;
ALEMANHA - 3 569;
CHINA - 3 352;
HOLANDA - 3 134;
BRASIL - 1 532;
SUÉCIA - 1 203;
SUIÇA - 973;
PORTUGAL - 599;
IRLANDA - 444;
ÁUSTRIA - 393;
DINAMARCA - 309;
COREIA DO SUL - 229
GRÉCIA - 102;
FINLÂNDIA - 72 

Em relação à semana anterior há a registar a grande subida dos Estados Unidos, a ultrapassagem da China pela Bélgica e pela Alemanha e a subida do Brasil.

Esta semana incluímos  um registo novo, a evolução percentual do número de mortos em cada país, ao longo da semana, dando-nos outra forma de olhar a realidade dos números:

BRASIL - um crescimento de 129, 6% de mortes em relação à semana anterior;
ESTADOS UNIDOS - 103, 9%;
BÉLGICA - 98,2%;
REINO UNIDO - 81,31%;
FINLÂNDIA - 80% (situação que se explica pela pequena base de partida);
SUÉCIA - 75,1%;
IRLANDA - 74,1%;
ALEMANHA - 69, 38;
FRANÇA - 57,9%;
PORTUGAL - 57,6%;
ÁUSTRIA - 43,9%;
DINAMARCA - 41,7%;
HOLANDA - 39,4%;
SUIÇA - 38,1%;
ESPANHA - 27,6%;
GRÉCIA - 22,8%;
ITÁLIA - 22,5%;
IRÃO - 19,6%;
COREIA DO SUL - 12,2%;
CHINA - 3,6%.

A boa notícia é o abrandamento registado na Espanha e na Itália. A má notícia é a subida dramática no Brasil,  nos Estados Unidos e na Bélgica.
A acompanhar ao longo da semana será o caso de países como a Suécia,  a Áustria e a Dinamarca que iniciaram alguma abertura da actividade económica esta semana.

Outro dado interessante a observar, que já tínhamos publicado na semana anterior, é a percentagem de mortos até agora registados, em relação ao número de infectados registados, um dado que pode ser falível pelo facto de existirem algumas diferenças entre países no modo de contar os infectados:

FRANÇA - 16,3% de mortos em relação ao total de  infectados registados;
BÉLGICA - 13,22%;
ITÁLIA - 13,10%;
REINO UNIDO - 13,06%;
HOLANDA - 11,13%;
ESPANHA - 10,45%;
SUÉCIA - 10,08%;
IRÃO - 6,25%;
BRASIL - 6,06%;
GRÉCIA - 4, 65%;
DINAMARCA - 4,62%;
ESTADOS UNIDOS - 4,28%;
CHINA - 4,00%;
SUIÇA - 3,69%;
IRLANDA - 3,53%;
PORTUGAL - 3,31%;
ÁUSTRIA - 2,73%;
ALEMANHA - 2,73%;
FINLÂNDIA - 2,22%;
COREIA DO SUL - 2,15%

A Bélgica e a Holanda são dois dos países raramente falados, mas registando dos piores números nessa relação. Não deixa igualmente de ser curiosa a situação da Suécia, desmentindo alguns mitos. Portugal continua a sair-se bem neste quadro.

Deixamos para o fim o Quadro mais esclarecedor, o que regista o número de mortos por cada 100 mil habitantes, aproximando-se melhor da realidade demográfica e da situação sanitária de cada país:

ESPANHA - 39,7 mortos por 100 mil habitantes;
BÉLGICA - 38,7;
ITÁLIA - 35,8;
FRANÇA - 25,5;
REINO UNIDO - 19,4;
HOLANDA - 18;
SUÉCIA - 11,7;
SUIÇA - 11,4;
IRLANDA - 9,1;
ESTADOS UNIDOS - 7,8
PORTUGAL - 5,8; 
IRÃO - 5,8;
DINAMARCA - 5,3;
ÁUSTRIA - 4,4;
ALEMANHA - 4,3;
FINLÂNDIA - 1,3;
GRÉCIA - 0,94;
BRASIL - 0,78;
COREIA DO SUL - 0,44;
CHINA - 0,24;

Surpreendentes os caos da Bélgica e da Suécia, sem esquecer a confirmação da situação pouco abonatória de um certo discurso político das autoridades holandesas.
Um dos países que piorou a sua situação neste quadro foi os Estados Unidos.

Daqui a uma semana voltaremos ao tema.


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