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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Bélgica, durante os quase dois anos que viveu sem governo, viu a sua economia crescer e tudo funcionou, tão bem ou melhor, como sempre funcionou. Agora que já tem governo, recebeu de presente um ataque especulativo das agências de rating e os seus políticos fazem aquilo que a Alemanha manda: mais austeridade sobre os cidadãos. Estou com alguma curiosidade para ver o resultado dessas medidas na próspera e organizada economia daquele belo país.
A Islândia, que felizmente para ela está fora da União Europeia e do euro, (tal como a Noruega) conseguiu dar a volta por cima, saindo da crise financeira em que caiu por causa da especulação dos bancos.
Os islandeses, mostrando como é que a cidadania está no sangue dos povos nórdicos e é a base da prosperidade desses países, colocaram os políticos e os banqueiros no seu devido lugar, que, em grande parte dos casos, é por detrás das grades, e salvaram o país da bancarrota e do desastre económico e social.
Por estas bandas, pelo contrário, temos políticos que apelam ao empobrecimento dos seus cidadãos, os obrigam a trabalhar mais horas de graça, cortam salários, aumentam impostos, facilitam o desemprego e prometem mais desemprego , convidam os professores e os jovens a emigrarem, tudo em nome da austeridade imposta para salvação do sistema financeiro que nos colocou nesta situação!!!
Esses mesmos políticos, mostrando um total desrespeito pelos seus cidadãos, rompem promessas eleitorais com a maior dos descaramentos, ignoram as leis e a Constituição que os próprios prometeram defender e cumprir, justificando-se, desaforadamente, com um memorando assinado com a troika, que ninguém votou ou escolheu, e rompem com a ideia de um Estado de Palavra, respeitador  dos compromissos assumidos para com os seus cidadão, desaforadamente destruída em nome da necessidade de “acalmar” os mercados.
Talvez seja tempo de aprendermos com os nórdico e, à maneira dos povos do sul, começarmos, num rasgo de cidadania, a colocar os nossos políticos e os responsáveis pelo sistema financeiro na ordem, antes que eles destruam de vez o que resta da cidadania, da democracia e da equidade social.
O tempo do "benefício da dúvida", na Europa e em Portugal, acabou...

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