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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lagarde eleita para o FMI - mais uma batalha ganha pelo poder financeiro...


A previsível eleição de Christine Lagarde para a Presidência do FMI representa um grave retrocesso nas mudanças que se vinham a registar nos últimos tempos nessa organização, onde as preocupações sociais estavam a ganhar progressivamente terreno aos interesses dos mercados financeiros.

A sua eleição é ainda uma pesada derrota para os países emergentes, incapazes de se unirem para fazerem frente à decadente União Europeia.

A diferença entre o FMI antes de Lagarde e o FMI depois de Lagarde pode ser exemplificado com o que se passou em Portugal durante as negociações com a “troika”: se bem se recordam a dureza das condições impostas a Portugal teve a mão do BCE e da Comissão Europeia, mostrando-se o FMI mais “moderado” na imposição dessas medidas, para além do facto de as organizações europeias imporem um juro bem mais alto do que o imposto pelo FMI. Estávamos nos tempos do FMI pré-Lagarde. Nessa altura, Lagarde estava do lado das instituições europeias que nos impuseram, a nós e ao FMI, as condições de austeridade e os juros incomportáveis, à custa dos sacrifícios dos mais desfavorecidos, das medidas sociais e do aumento do desemprego.

Agora com Lagarde a controlara o FMI é o regresso do velho FMI de sempre, fanaticamente neo-liberal e que tanto mal fez aos povos do mundo.

Na “guerra” que os “ricos” declaram aos povos do mundo (nas palavras insuspeitas de um responsável por uma empresa de rating, um dos “braços armados” dessa “guerra”), o poder financeiro dos primeiros ganhou mais uma importante batalha.

...entretanto Lagarde enfrenta em França um processo judicial, cujos contornos podem ser lidos na seguinte notícia:

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