Bertrand Russell está de regresso.
Foi um filósofo que caiu um pouco no esquecimento na voragem do neo-liberalismo económico-social e do neoconservadorismo cultural das duas últimas décadas.
A sua independência e o humanismo das suas posições políticas, nada ortodoxas no seio do pensamento liberal que ele representou, levou-o a ser intencionalmente esquecido e desprezado pelos seus.
Agora está de regresso em Espanha com a edição das suas obras.
Pessoalmente, aí pelos anos 70, devorei quase todos os livros dele que me apareceram pela frente, salvo erro em edições brasileiras, pois por cá nunca houve muita gente interessada em editá-lo.
A leitura das suas obras contribui para atenuar as minhas tendências “esquerdistas” da juventude e a respeitar a liberdade e a democracia como partes integrantes de qualquer alternativa de esquerda.
Bertrand Russel fez-me também ver que se pode desenvolver um pensamento liberal sem se cair na defesa do neo-liberalismo económico e social, que se pode ser liberal defendendo os desfavorecidos, uma sociedade mais justa e pacífica e alinhar com os “indignados” de todos os tempos.
Russel é um autor a reler, à luz destes tempos de capitalismo selvagem e pensamento “rasca”.
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