(Fonte: Elroto, El País)
Este cartoon vale mais que mil lições de economia das nossas escolas de gestão e economia ( a maioria é mais de gestão do que de economia, mas ainda poucos perceberam a diferença), vale mais que centenas de disparates dos comentadores de economia e do pessoal do painel de economia do Expresso, ou milhares de recomendações idiotas do Banco Central Europeu.
Este cartoon põe os “pontos nos is”, e explique, em breves palavras, as causas profundas da crise actual, do desemprego, do crescimento da desigualdades, e revela o ridículo das soluções neo-liberais dos”modernaços” líderes europeus.
Recorda-nos também que o principal objectivo da economia deve ser melhorar a redistribuição dos recursos e a qualidade de vida das pessoas e não a salvação de um modelo de economia de mercado e de organização financeira que se está a revelar um empecilho para o progresso da humanidade.
Com a tecnologia actual não se justifica que o trabalho se esteja a revelar uma actividade desumana e desvalorizada.
De facto, o desemprego actual é estrutural, motivado pela crescente substituição do trabalho humano pela capacidade produtiva das novas tecnologias, o que não é um mal em si, pois podia libertar o homem para outras actividades mais criativas. O “problema” é que, na visão limitada e preconceituosa dos nossos economistas, formados todos pela mesma escola neo-liberal, não lhes convém perceber que esta crise só pode ser resolvida com uma maior redistribuição da riqueza e do tempo de trabalho, isto é, com um maior controle da economia de mercado e dos mercados financeiros e com um maior intervenção dos estados na defesa dos direitos sociais.
Não perceber isto põe a nu a falta de credibilidade dos responsáveis pelo caminho actual do modelo económico europeu.
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