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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Os verdadeiroa inventores de "factos alternativos" ...ou usar "factos alternativos" contra a liberdade

Kellyanne Conway não foi a inventora de “factos alternativos”.
Aqui pela Europa a retórica dos “factos alternativos”, um “derivado” da “pós-verdade”, tem vindo a ser construída todos os dias nos últimos anos, nos gabinetes do politburo de Bruxelas, na argumentação usada para humilhar os países do sul da Europa e para justificar as “reformas” “austoritárias”, para retirar direitos sociais aos cidadãos do velho continente.
Em Portugal todos os dias vemos, ouvimos e lemos  “factos alternativos” debitados por comentadores ao serviço do “austeritarismo” e todos os dias os  ouvimos de viva voz nas intervenções de Passos Coelho.
A única novidade introduzida pela porta-voz de Trump é dar nome à “coisa”.
“Facto alternativo” é apenas mais um slogan da novilíngua contruída nas últimas décadas pela “santa Aliança” entre neoconservadores, neoliberais e neofascistas para justificarem as malfeitorias contra os cidadãos do mundo.
“Factos alternativos” juntam-se assim à “pós-verdade”, ao “colaborador” do “empreendedor” , ao “reformar o Estado” para “ atacar os privilégios e as corporações”, aos que “viveram acima das suas possibilidades”, ao objectivo de “acalmar os mercados” e tornar a economia “competitiva” e “respeitar os compromissos internacionais”, porque “não há dinheiro”, e a “austeridade” é a  “única alternativa”.
A frase agora “inventada” pelo trumpismo é apenas mais um contributo para desacreditar a democracia, destruir a liberdade de expressão e os Direitos Humanos em geral.
Enquanto Trump se entretém a combater a liberdade de expressão, desacreditando-a com “factos alternativos”, por cá o politburo de Bruxelas continua entretido a discutir décimas de “deficits” criados pelas suas medidas e a ameaçar quem defende os cidadãos europeus e os seus direitos.
Os “mercados”, por sua vez, parecem dar-se bem no “trumpismo”, mais preocupados em dar largas às desacreditadas agências de rating que usam classificações humilhantes como as de “lixo” para assaltarem povos inteiros através de juros agiotas.
Por cá tudo vai bem e já começamos a assistir ao contorcionismo habitual dos comentadores do sistema para normalizarem o trumpismo ...com “factos alternativos”!!!
 
 

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