Fazer da redução da TSU condição para aumentar miseravelmente um já de
si miserável ordenado mínimo nacional
até se percebe, vindo dos representantes dos Patrões (…sim, Patrões…Empresários
é outra coisa, rara por estas bandas…).
A TSU foi usada, de forma chantagista por esses patrões para assinarem
um acordo de concertação social. Uma atitude miserável, mas à qual já nos
habituamos. E os próprios patrões, habituados que estavam a mandar nas decisões
do anterior governo, apesar de terem à frente da Concertação Social um grande
senhor, um dos últimos social-democratas do PSD, Silva Peneda, que lhes fez frente
e refreou-os muitas vezes, tudo fizeram, nos seus costumados modos arrogantes,
usando comentadores e alguma comunicação social em seu favor, para encostar o
governo socialista à parede.
A este apenas restou aceitar a chantagem para conseguir a garantia de
um aumento do salário mínimo. mesmo que miserável, à custa da redução da TSU
para o patronato, medida que tinha sido iniciada pelo governo de Passos Coelho.
Como seria óbvio e coerente, CGTP, BE e PCP estão contra.
O que não se esperava era o oportunismo político de Passos Coelho, que
procura, em mais uma das suas patéticas e miseráveis atitudes politicas,
aproveitar-se das divergências que aquele acordo gerou entre a actual coligação
que sustenta António Costa, para dando o dito por não dito, renegar os valores
que sempre defendeu e uma medida que ele iniciou, vendo aqui uma oportunidade
para agitar as águas e tentar sobreviver à sua própria decadência política.
Ou seja, pura politiquice no seu mais abjecto sentido…
Vai ser curioso ver o PSD a fazer campanha contra o patronato na
Assembleia da República …
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