Com a tomada de posse de Donald Trump abre-se uma nova era, totalmente imprevisível.
As ideias defendidas por Trump e as escolhas que tem feito para cargos
da administração norte-americana não pressagiam nada de bom e positivo.
Estivéssemos a falar de países como a Hungria, a Polónia, a Turquia, a
Síria , a Arábia Saudita ou a Coreia do Norte, governados por gente do “género”
de Trump, nas suas mais variadas “versões”, e o problema seria, apesar de tudo,
menos grave, por ser mais localizado.
Mas estamos a falar dos Estados Unidos, ainda a maior potência mundial,
pelo menos a nível militar, cujas decisões têm um impacto global, tanto na
economia como na área do ambiente.
Para mim é mesmo aquilo que Trump pensa das alterações climatéricas que
se revela mais preocupante, porque as decisões erradas nesta área vão ter
consequências, não só para toda a humanidade, mas para várias gerações, senão
mesmo para o futuro da sobrevivência da própria humanidade.
Depois, a legitimação do discurso do ódio e da intolerância por parte
de Trump, vai abrir as portas e reforçar a influência de movimentos xenófobos e
racistas, um pouco por todo o mundo, especialmente na Europa, já fragilizada
por responsabilidade própria.
A aliança com Putin e as provocações à China revelam-se igualmente
preocupantes, primeiro porque Putin, um político muito mais inteligente que
Trump, vai ganhar maior influência mundial, colocando em risco equilíbrios estratégicos
e podendo fomentar graves conflitos locais que podem incendiar toda a Europa,
depois porque uma China acossada pode arrastar o ocidente para a falência
financeira e para uma crise
económico-social de consequências trágicas.
Infelizmente não encontramos na União Europeia uma alternativa credível,
solidária e humana, capaz de fazer o contraponto político, económica, cultural
e social, a um mundo dominado por Trump e Putin, e essa é outra tragédia dos
nossos tempos.
Por tudo isso adivinham-se tempos terríveis para a humanidade, pelo
menos nos próximos quatro anos, com a agravante de tudo o que venha a acontecer
vir a ter consequências, não só para toda a humanidade, mas também para várias
gerações ao longo de muito tempo.
A única certeza é que Trump vai arrastar os Estados Unidos para a
decadência definitiva e a única esperança é que, se houver algum travão à sua
política, ela talvez surja internamente, quando os próprios norte-americanos
começarem a sentir na pela a consequência da sua política.
Costumam dizer nos Estados Unidos que “Deus salve a América”…Hoje é
caso para dizer, mesmo não sendo crente, “que
Deus nos salve de Donald Trump”!!
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