Ontem foi um dia triste par o futebol.
Aquele futebol descontraído, alegre, travesso, criativo, capas de nos
surpreender, morreu para sempre.
A derrota humilhante do Brasil frente à Alemanha marcou o fim de uma
era em que o futebol se jogava com arte, com rasgos geniais, com heróis, com
rapidez e sempre espectacular.
A táctica da selecção alemã deste mundial ( a mesma do seu “satélite”
holandês) que tinha sido derrotada no anterior mundial, conseguiu afirmar-se desta
vez.
E qual é essa táctica? É a táctica do Blitzkrieg (“guerra relâmpago) da
Wehrmacht no ataque, combinada com a táctica do muro de Berlim na defesa,
desorientando e paralisando qualquer equipa adversária.
Funcionando como uma autêntica “máquina de fazer golos”, só pode resultar
com a frieza quase desumana de jogadores possantes e agressivos, que se
comportam como se vivessem em regime militarista, o ideal do espírito alemão,
na guerra ou na economia.
Começa assim uma nova era do futebol e, o surpreendente agora, seria a
Argentina vencer uma equipa que joga como a Alemanha, a Holanda, e derrotar
depois a Alemanha, um cenário que me parece pouco credível.
A frieza e o calculismo alemão já destruíram o interesse por outros
desportos, como a Fórmula 1, e, sendo eficaz para por a senhora Merkel aos
pulos, vai contribuir para fazer do futebol um desporto cada vez mais chato e
previsível.
Que o futebol que conheci, alegre, criativo e travesso, descanse em
paz!!
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