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domingo, 12 de dezembro de 2010

NO PAÍS DAS MARAVILHAS DE JOSÉ SOCRATES - 24 - Report Card 9 - "As Crianças que ficam para trás".


A UNICEF divulgou na última semana os resultados de um estudo sobre a pobreza infantil entre os países da OCDE, onde Portugal sai muito mal no retrato.
 Os resultados podem ser consultados AQUI e a sua interpretação AQUI.
A delegação portuguesa da UNICEF enviou a seguinte nota sobre esse relatório, alertando para a situação aí referida:

 

As crianças que ficam à margem: a pobreza em Portugal

"Um novo relatório da UNICEF acerca das desigualdades para as crianças em 24 países industrializados revela que a pobreza de rendimento é particularmente gravosa para as crianças em Portugal, que se ocupa a última posição numa tabela comparativa entre países com características semelhantes. Embora a pobreza de rendimento não seja o único factor que determina o estatuto sócio-económico de uma família, é sem dúvida o que mais contribui para as desigualdades.

"A UNICEF Portugal “Apela ao governo para que o combate à pobreza infantil seja um elemento central das estratégias e políticas nacionais de luta contra a pobreza, de modo a assegurar que o bem-estar das crianças constitui uma prioridade em todas as áreas da governação”, declarou Madalena Marçal Grilo, Directora Executiva. “As crianças que vivem na pobreza não devem pagar o preço da redução do défice e devem ser as primeiras a ser protegidas. ”

"Os custos mais pesados da desigualdade recaem sobre as próprias crianças, que, de modo algum, podem ser responsabilizadas pela situação, mas as suas consequências reflectem-se também a médio e longo prazo na sociedade, na economia e na coesão social.

"O Report Card 9 “As crianças que ficam para trás” utiliza um novo método que consiste em medir o fosso que separa as crianças mais desfavorecidas e a criança que se encontra no nível mediano em termos do bem-estar material, educacional e de saúde.

“O facto de alguns países da OCDE terem um melhor desempenho do que outros mostra que o padrão de desigualdade pode ser alterado, e que se a exclusão for identificada num estado inicial podem ser tomadas medidas para prevenir o seu agravamento. A variação de desempenho entre países apresentada no relatório demonstra que é realista e possível melhorar”, diz o relatório”.

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