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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Líder do FMI coloca "o dedo na ferida" europeia..

A notícia foi ontem divulgada pela Lusa:

“A Europa necessita de uma "solução global" para resolver a crise de dívida na zona euro, disse hoje o director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), que criticou soluções individuais por cada país.

“Dominique Strauss-Kahn, que falava perante uma comissão no parlamento grego, considerou ainda que a actual crise na zona euro veio revelar "dificuldades de gestão" no seio deste espaço, decorrentes da falta de políticas orçamentais comuns.

"A Europa necessita de qualquer coisa mais dinâmica, uma solução global (...) e não uma solução país por país, que seria uma solução negativa", considerou o director geral do FMI, em declarações aos deputados gregos.

"Tenho a esperança de que as instituições europeias sejam capazes de chegar a esta solução global", acrescentou Strauss-Kahn, admitindo as dificuldades dos Estados em alterar políticas, no meio das pressões dos mercados.

Strauss-Kahn frisou ainda as dificuldades que os diferentes ritmos de crescimento dos países europeus colocam à moeda única - admitindo que "tal cria o risco de grandes dificuldades" - e considerou "uma grande fraqueza" a falta de coordenação nas políticas económicas dos paísesda zona euro.

O responsável manifestou também a certeza de que a Alemanha se mantém uma apoiante firme da moeda única, considerando "não existir o risco de ver a Alemanha sair da zona euro, os alemães estão realmente comprometidos com a zona euro”.

Nas entrelinhas, um valente "puxão de orelhas" do FMI à srª Merkel e aos seus serviçais da Comissão Europeia e do BCE.

Revela ainda que existe gente lúcida nos meios financeiros.

Começa a perceber-se porque é que o FMI mete mais medo aos defensores das políticas do PEC do que ao resto dos cidadãos europeus.

Já noutras ocasiões o sr. Strauss-Kahan mostrou maior lucidez do que os líderes da Europa.

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