No afã de “salvar o país”, o líder do maior partido da oposição e presumível próximo primeiro-ministro , vai hoje ouvir a opinião de “economistas, gestores e ex-ministros das finanças”.
Reunindo assim gente de “várias áreas” procura-se dar uma ideia de “abertura e pluralismo”. Contudo toda essa quantidade de gente, e de acordo com aquilo que já se conhece deles, pois são os mesmos que aparecem sempre a dar opinião na comunicação social, não vai revelar diversidade de opiniões, pois todos bebem na mesma obsessão pela “liberdade do mercado” contra o “peso do Estado”.
Não deixa de ser curioso que todos esses “economistas, gestores e ex-ministros das finanças” sejam exactamente os mesmos que têm sido responsáveis pela gestão do país, quer nos governos, quer nas empresas públicas e privadas, quer nas universidade onde se ensina economia e gestão, cuja prática das últimas décadas está à vista de todos.
Ou será que toda essa gente se vai prestar a participar no sacrifício que exige aos outros, prescindindo das chorudas reformas, dos prémios de gestão, dos escandalosos ordenados que a maior parte deles beneficia, para dar o exemplo?
Consultar essa gente para encontrar soluções para a grave crise que o país atravessa é a mesma coisa que Gorbachev ter reunido os ex-membros do Politburo , os velhos dirigentes do PCUS e os burocratas do regime, para perguntar com devia fazer a Perestroika e a Glasnost.
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