Encerra no próximo domingo a exposição “Auto-retratos do mundo” da Annemarie Schwarzenbach, patente no Museu Colecção Berardo.
A fotógrafa Suiça teve uma vida curta (1908-1942) mas plena.
Para além de fotógrafa foi escritora, jornalista, e viajante.
Visitou grande parte da Europa, inclusive Portugal (1941-1942), o Médio Oriente (Síria, Líbano, Palestina, Irão, Iraque e Afeganistão), bem como a África (Congo, Angola e São Tomé e Príncipe) e a América do Norte, contactando aqui com o trabalho dos fotógrafos da Farm Security Administration, cujas preocupações sociais muito a influenciaram.
Na Europa documentou a ascensão do nazismo, relacionando-se com os meios anti-fascistas do seu país, embora fosse oriunda de uma família conservadora, onde existiam admiradores de Hitler.
A sua vida social foi igualmente pouco convencional, mesmo para a Suiça daquele tempo.
Ao contrário do que se pode imaginar ao visitar a exposição e ao acompanhara a sua vida, a sua morte foi provocada por um acidente estúpido, a queda de uma bicicleta.
Cerca de duzentas fotografias da sua autoria foram incluídas nesta exposição que, pensamos, irá surpreender muita gente.
Excelente fotógrafa, as suas qualidades literárias não ficavam atrás. Em Portugal apenas está editada uma das suas obras, “Morte na Pérsia”.
Se ainda não viu, não deixe escapar esta oportunidade de conhecer uma mulher extraordinária da primeira metade do século XX.
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