Sempre achei as opiniões dessa senhora um bocado "parvas", mas agora bateu no fundo.
Se calhar está a propor que sejam, mais uma
vez, os mesmos do costume a "pagar a crise", retomando um velho
slogan da extrema-esquerda.
Esquece-se a dita senhora que são os tais
"burgueses" os únicos que pagam impostos realmente proporcionais ao
seu rendimento, porque, os outros, ou fogem para os paraísos fiscais ou
declaram o mínimo daquilo que realmente ganham, como acontece nalguns sectores
que agora andam aí muito queixosos, porque "só" vão receber ajudas da
"bazuka" em proporção com aquilo que sempre declararam ao fisco e não
àquilo que estavam habituados a lucrar na realidade, não declarando ou recorrendo
ao trabalho precário e mal pago.
Mas é exactamente a esses “queixosos” que a
dita comentadeira pretende que se pague,
com a sua proposta do assalto à classe
média, como se depreende das sua palavras , defendendo que “as receitas
perdidas nos restaurantes resolvem-se com dinheiro” , o tal que ela propõe
tirar aos “burgueses”, talvez por sugestão de algum “chef” amigo, um dos tais
que foge aos impostos, paga miseravelmente aos seus “colaboradores” e
mantem-nos em trabalho precário.
Também se queixa da falta de generosidade do
governo em relação a esse sector. Mas é apenas em relação a esse sector, e tem
sido apenas este governo a ser pouco generoso?
Esquece-se a dita senhora que as chamadas
"classes médias", as que já pagaram os desvarios de corrupção “socrática”
e o "ir além da troika" passoscoelhista, para salvar o corrupto
sector financeiro, não têm conhecido outra coisa, ao longo dos últimos 20 anos,
que não seja cortes nos seus rendimentos
e aumento de impostos.
Para além disso, o rendimento médio dessa
"burguesia", a que sustenta o país com o pagamento regular de
impostos, é miserável, comparado com os países do euro, já para não falar na
situação da maioria da população, a do trabalho precário, a do salário mínimo e
a das reformas miseráveis e vergonhosas.
Tenha juízo (provavelmente ganha mais num dia a
comentar nos jornais e na televisão, do que um "burguês" do
teletrabalho num mês).
Não há pachorra para o tempo de antena que a
comunicação social dá a tais "comentadeiros", “achistas e “tudistas".
O CHEGA agradece tais opiniões incendiárias.
E já agora, que estamos numa de fazer títulos
com ideias parvas, aqui vai uma sugestão de graça: e que tal lançar um imposto
para a parvoíce?
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