Tudo o que é “bicho neoliberal”, por esse mundo fora (Portugal incluído),
iniciou um ataque sem escrúpulos à jovem activista Greta Thunberg.
Talvez porque ela conseguiu explicar, com palavras simples, mas firmes,
falando de cima, que a sociedade que os neoliberais construíram nas últimas
décadas é responsável pela acelerada degradação
ambiental.
Não conseguindo desmontar ou desmentir cientificamente as preocupações
ambientais de Greta, acusam-na de populista por criticar os políticos “democráticos” (Trump e
Bolsonaro???), pondo assim em causa o sistema politico “liberal”.
Acusam-na de por em causa a “liberdade” de escolha das sociedades
ocidentais, ou seja o “consumismo” em que assenta o modelo económico capitalista
actual.
É que aquilo que Greta demonstra e denuncia mostra a forma como o
funcionamento sem freio dos “mercados”, cuja “liberdade” é tão querida àquela
seita neoliberal, se revela o principal factor que tem contribuído para a
rápida destruição do planeta.
Não perdoam que a simplicidade e a verdade do discurso de Greta
Thunberg mobilize milhões de crianças, jovens e adolescentes, despertando-os
para a denuncia do modelo económico neoliberal, como um sistema de rapina dos
recursos da Terra e que conduzirá essa geração a viver num mundo inabitável.
De facto, os neoliberais esqueceram-se de um principio do liberalismo
que dizem defender, que é aquele que diz que a liberdade de cada um acaba
quando começa a liberdade do vizinho, ou seja, a liberdade de destruir os
recursos da terra, em nome de um desenvolvimento permanente do consumismo
neoliberal, termina quando põe em causa o futuro da vida na terra e da vida das
próximas gerações.
Ou, parafraseando um velho ditado índio, Greta vem recordar-nos que “herdámos a
Terra…dos nossos filhos”!
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