Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 2 de maio de 2019

O Muro dos Justos



Foi inaugurado oficialmente no passado dia 25 de Abril, com um sessão popular no dia 27, o memorial com o nome dos mais de 2 500 presos que passaram pela Prisão de Peniche durante o Estado Novo.

A esse número devem juntar-se os cerca de 30 mil presos políticos que passaram por outras prisões (como o Tarrafal, Caxias, o Aljube ou a várias sedes da policia politica), sem esquecer o número não contabilizado de presos africanos durante o período da Guerra Colonial.

Se juntarmos a esse número, os cerca de 5 milhões de portugueses fichados (isto é, vigidos) pela PIDE, os mais de 10 mil mortos na Guerra Colonial (sem contar com os africanos) e as vitimas da economia de miséria (mortalidade infantil, doenças por subnutrição ou falta de assistência médica adequada,  acidentes de trabalho, etc…), os vários assassinatos políticos (Humberto Delgado é o mais conhecido, sem esquecer a prática de “soltar” presos à beira da morte, para não morrerem nas prisões) ficamos com a verdadeira dimensão daquilo que foi o salazarismo.

Resta recordar os “justos” que, em prejuízo pessoal e familiar, se bateram toda a vida contra esse regime ditatorial e injusto.

Bem hajam!


















Sem comentários: