Foi inaugurado oficialmente no passado dia 25 de Abril, com um sessão
popular no dia 27, o memorial com o nome dos mais de 2 500 presos que
passaram pela Prisão de Peniche durante o Estado Novo.
A esse número devem juntar-se os
cerca de 30 mil presos políticos que passaram por outras prisões (como o
Tarrafal, Caxias, o Aljube ou a várias sedes da policia politica), sem esquecer
o número não contabilizado de presos africanos durante o período da Guerra
Colonial.
Se juntarmos a esse número, os cerca de 5 milhões de portugueses
fichados (isto é, vigidos) pela PIDE, os mais de 10 mil mortos na Guerra
Colonial (sem contar com os africanos) e as vitimas da economia de miséria
(mortalidade infantil, doenças por subnutrição ou falta de assistência médica
adequada, acidentes de trabalho, etc…),
os vários assassinatos políticos (Humberto Delgado é o mais conhecido, sem
esquecer a prática de “soltar” presos à beira da morte, para não morrerem nas
prisões) ficamos com a verdadeira dimensão daquilo que foi o salazarismo.
Resta recordar os “justos” que, em prejuízo pessoal e familiar, se
bateram toda a vida contra esse regime ditatorial e injusto.
Bem hajam!
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