Em Portugal sempre se valorizou muito o uso de títulos.
Claro que existem títulos merecidos, mas a vulgarização do seu uso
acaba por retirar o prestígio que se é suposto atingir-se com a sua exibição.
Quando o liberalismo procurou acabar com os privilégios dos títulos de
nobreza, rapidamente se inventaram os “barões”.
Com o Estado Novo rapidamente se expandiram os “comendadores”, título
chique para distribuir aos “vassalos” do regime e aos velhos caciques de
sempre.
A democracia não alterou muito essa feira de vaidades, quanto muito
criando títulos mais de acordo com os novos tempos, “democratizando” a sua
atribuição.
Leu-se por aí que, nos últimos 40 anos, foram atribuídas quase 10 mil “comendas”,
por “bons e excelentes serviços prestados ao país”.
Sem entrar no debate do merecimento ou não desse reconhecimento, é caso
para dizer que, com tantos milhares a prestarem tão relevantes serviços ao país,
não seria caso para, em proporção, termos
um país de excelência!!??
…No 10 de Junho haverá mais!
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