Se calhar, antes de pensarmos onde votar, ou mesmo se vamos vota nas
próximas eleições europeias, talvez fosse bom pensar que Europa queremos, e
depois ver qual o partido cujo programa e prática (mais que o programa, é a
prática que define um partido politico) que está mais próximo daquilo que
defendemos.
Em primeiro lugar, uma Europa solidária com os que cá vivem e trabalham
e com aqueles que querem viver por cá. Para isso tem de aprofundar a construção
do Estado Social, combatendo a precariedade, os salários e as pensões baixos, e
defendendo quem trabalha e os direitos sociais básicos (educação, saúde,
transportes, habitação, trabalho…);
Em segundo lugar, uma Europa que combata eficazmente a corrupção,
através de um sistema fiscal equilibrado ( que não permita os off-shores em
concorrência desleal com os cidadãos , as empresas e os Estados), com regras
que penalizem os desvarios do sistema financeiro e com um sistema de justiça
célere, acessível e que penalize fortemente quem se serve dos cargos públicos e
políticos para enriquecer e enganar os cidadãos;
Em terceiro lugar, um Europa menos desigual, nas oportunidades, nas leis
do trabalho, nas reformas e nos salários, onde a livre circulação de pessoas
seja mais importante que a livre circulação de capitais e mercadorias;
Em quarto lugar, uma Europa criativa, progressista e inovadora, em
termos culturais, educativos e tecnológicos;
Em quinto lugar, uma Europa que ponha o bem-estar geral dos cidadãos
acima das negociatas do mundo financeiros e dos interesses das grandes
empresas;
Em sexto lugar, uma Europa que seja pioneira e eficaz no combate à crise
ambiental, na defesa da vida animal e da natureza e apostando fortemente em
energias não poluentes, penalizando fortemente pessoas e empresas que
contribuam para agravar a poluição;
Em sétimo lugar, que funcione, a nível mundial e nas instâncias e instituições
onde os seus países têm lugar, como um exemplo na defesa da paz, dos Direitos
Humanos e dos Direitos Sociais;
Por último, e embora todos usem a defesa da Democracia e da Liberdade
nos seus slogans, estes principio devem ser apanágio e conclusão lógica da
aplicação dos outros sete princípios, sob pena de não passarem de mentirosas
palavras vãs e oportunistas.
Agora é olhar para a prática dos partidos que se propõem representar-nos
no Parlamento Europeu e escolher o partido que mais se aproxima da tal Europa
que queremos.
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