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quarta-feira, 8 de março de 2017

Hoje, Dia Internacional da Mulher, o feminismo [ainda] continua actual


Estamos em 2017 e chegamos à conclusão, hoje dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher, que o feminismo ainda faz sentido.

Olhando para os números divulgados frequentemente pela comunicação social, ser homem e mulher ainda faz a diferença quando se trata de progredir numa carreira profissional, de desigualdade salarial para o mesmo emprego, ou mesmo de desenvolver tarefas domésticas.

Claro que a situação actual evoluiu muitos nas últimas décadas.

Em  Portugal, antes de 1968, só as mulheres que fossem chefes de família (viúvas) e tivessem estudos médios ou superiores é que tinham direito a voto. Não que fizesse grande sentido no seio de uma ditadura onde se realizavam “eleições” manipuladas, mas mostrava bem a situação de inferioridade em que viviam as mulheres.
 
Outras situações eram bem piores. Homens e Mulheres tinham direitos diferentes face à lei, em prejuízo da mulher. São muitos os exemplos, desde o facto de só poderem sair do país com autorização do marido, até às condições vexatórias a que estavam sujeitas as mulheres que fossem professoras para se poderem casar.
 
Quanto aos valores sexistas e machistas que vigoravam nas relações socias, se até há bem pouco tempo não eram apanágio apenas de ditaduras como a portuguesa, mas até amplamente disseminadas em regimes democráticos, elas eram muito mais duras numa ditadura conservadora como a portuguesa.

Hoje em dia o sexismo e o machismo existem, mas de forma mais dissimulada, como se comprova pelos dados relativos a violência no meio da família ou, por exemplo, na forma subtil desempenhado pela mulher na publicidade.

Mais grave ainda é olhar para aquilo que se passa em certas regiões do mundo, dominadas pelo fundamentalismo religioso, uma realidade em expansão, com a ajuda de opções erradas do ocidente “civilizado” (veja-se o que se passa na Arábia Saudita, no Iraque pós- Saddan, na Líbia “libertada”, ou nas regiões “rebeldes” da Síria!!!).

Hoje, mais do que nunca, o feminismo, apesar da caricatura que alguns lhe pretendem colar e dos excessos que pouco o dignificam, a luta das mulheres pela igualdade ainda por conquistar plenamente, continua a ser um luta justa e necessária.
Cartazes anti-feministas do inicio do século XX








 

O sexismo e o machismo espreitam em cada esquina e para o recordar seleccionamos, em baixo, um conjunto de cartazes publicitários que nos fazem recordar o modo como a mulher era vista ainda não há muitos anos, e, embora cada vez mais raros na publicidade, por razões de mero cálculo, para não prejudicar o negócios, as mesmas ideias e valore que essa publicidade transmitiam ainda continuam presentes e enraizadas na cabeça de muita gente.






















 

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