Estamos em 2017 e chegamos à conclusão, hoje dia 8 de Março, dia
Internacional da Mulher, que o feminismo ainda faz sentido.
Olhando para os números divulgados frequentemente pela comunicação
social, ser homem e mulher ainda faz a diferença quando se trata de progredir
numa carreira profissional, de desigualdade salarial para o mesmo emprego, ou
mesmo de desenvolver tarefas domésticas.
Claro que a situação actual evoluiu muitos nas últimas décadas.
Em Portugal, antes de 1968, só
as mulheres que fossem chefes de família (viúvas) e tivessem estudos médios ou
superiores é que tinham direito a voto. Não que fizesse grande sentido no seio
de uma ditadura onde se realizavam “eleições” manipuladas, mas mostrava bem a
situação de inferioridade em que viviam as mulheres.
Hoje em dia o sexismo e o machismo existem, mas de forma mais dissimulada,
como se comprova pelos dados relativos a violência no meio da família ou, por
exemplo, na forma subtil desempenhado pela mulher na publicidade.
Mais grave ainda é olhar para aquilo que se passa em certas regiões do
mundo, dominadas pelo fundamentalismo religioso, uma realidade em expansão, com
a ajuda de opções erradas do ocidente “civilizado” (veja-se o que se passa na
Arábia Saudita, no Iraque pós- Saddan, na Líbia “libertada”, ou nas regiões “rebeldes”
da Síria!!!).
Hoje, mais do que nunca, o feminismo, apesar da caricatura que alguns
lhe pretendem colar e dos excessos que pouco o dignificam, a luta das mulheres
pela igualdade ainda por conquistar plenamente, continua a ser um luta justa e
necessária.
Cartazes anti-feministas do inicio do século XX
O sexismo e o machismo espreitam em cada esquina e para o recordar
seleccionamos, em baixo, um conjunto de cartazes publicitários que nos fazem
recordar o modo como a mulher era vista ainda não há muitos anos, e, embora
cada vez mais raros na publicidade, por razões de mero cálculo, para não
prejudicar o negócios, as mesmas ideias e valore que essa publicidade
transmitiam ainda continuam presentes e enraizadas na cabeça de muita gente.
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