A Grã-Bretanha assume hoje a sua saída da União Europeia, um processo
que ainda vai demorar cerca de dois anos a concretizar-se plenamente.
Embora todas as análises considerem que vai ser a Grã-Bretanha a sofrer
as piores consequências pela decisão, nada garante que assim seja.
Os países mais desenvolvidos da Europa estão fora da União Europeia,
com são o caso da Noruega e da Suiça.
Por sua vez o único país que conseguiu ultrapassar a crise financeira e
resolve-la de forma adequada e a favor dos cidadãos foi outro país que está
fora da União Europeia (EU), como foi o caso da Islândia (que, aliás, desistiu
do processo de adesão à União Europeia).
Por isso não é liquido que, a médio prazo, a Grã-Bretanha não venha a
beneficiar da sua saída da EU.
Aliás, penso que é esta hipótese que mais preocupa os burocratas do
Politburo de Bruxelas, pois uma Grã-Bretanha que a prazo venha a crescer e a
melhorar as suas condições socias e económicas seria um “mau exemplo” para os
burocratas de Bruxelas e podia entusiasmar outros países, sujeitos ao garrote “austeritário”
de Bruxelas, a rebelarem-se a exigirem, ou um novo rumo para a Europa ou a saída
da organização.
É essa preocupação que justifica a atitude de alguns desses burocratas,
procurando hostilizar os britânicos e tornar a separação uma separação altamente
litigiosa e conflituosa, dificultando ao máximo a saída, pois precisa que esse
acto sirva de exemplo a qualquer tentativa de rebeldia no seio da EU.
Claro que os motivos que levaram a Grã-Bretanha a sair não são bons
motivos, mas, se o resultado for o contrário do que é vaticinado por comentadores
e políticos fiéis à ortodoxia de Bruxelas, o “Brexit” pode transformar-se, a
prazo, num “Eurexit”.
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