Cavaco Silva, o teórico do "aluno bem comportado", postura que vem dos seus tempos salazaristas como candidato a informador, o pai do monstro que é o governo actual, o turista de serviço que se arrasta pelo mundo com comitivas de dezenas ou centenas de convidados pagos pelo contribuinte, sem que se conheça ou avalie a vantagem para o país dessas passeatas , veio agora debitar algumas alarvidades sobre o impasse grego, receoso de que a acção do governo grego de enfrentar a "besta" europeia se revela eficaz em aliviar a austeridade, situação que desacreditaria a sua postura subserviente em relação aos burocratas das instituições europeias
O papel que os políticos portugueses no poder têm desempenhado na tragédia grega é vergonhosa e desrespeita a forma como os portugueses têm sido tratado pelas forças da troika.
A exibição pornográfica dos simbolos nacionais à lapela, exibidos pela tropa de choque governamental liderada por Cavaco, mera revelação da sua má consciência no modo com estão a conduzir o país para a pobreza e para a miséria, vendendo ao desbarato tudo o que há para vender, é a imagem mais abjecta dessa gente que se prolonga no poder para além do mandato legal de quatro anos, tudo porque Cavaco continua a desrespeitar a democracia e pretende prolongar a agonia do país até onde for possível, andando já a ameaçar, nas entrelinhas, que vai "prolongar" a vida deste governo por mais um ano se não houver "maioria estável" nas próximas eleições, que vão ser marcadas 4 ou 5 meses depois do final do mandato legitimo.
Não admira que Cavaco venha agora lançar mais achas na fogueira contra a Grécia, pois ele é um fiel executor das medidas anti-democráticas da burocracia europeia e as malfeitorias que prepara para o final do seu mandato estão em linha com essa gente, que coloca os "compromissos" com os éticamente pouco recomendados"mercados" financeiros, que inventaram esta crise em proveito próprio, acima dos seus compromissos democráticos com os cidadãos.
Por agora temos, por um lado, os burocratas da troika, com o apoio de políticos sem espinha dorsal como Cavaco, a exercerem chantagem terrorista contra os cidadãos europeus e, do outros, os gregos que apenas pretendem respeitar em primeiro lugar os compromissos com os seus cidadãos.
É evidente que, pesem todas as divergências, só podemos estar do lado dos gregos nesta hora difícil, até porque, se vergarem ao peso da chantagem, nós, os portugueses, seremos as próximas vítimas.
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