A forma humilhante como se arrastam as negociações com a Grécia e a
forma vergonhosa como as “instituições” não democráticas da União Europeia
estão a tratar o problema dos refugiados no mediterrâneo, é a prova que a
célebre “Europa dos cidadãos”, “Europa solidária” , “Europa Social” e “Europa
da democracia e da liberdade” não passa de um conjunto de chavões para “inglês
ver” e que ficam bem num qualquer discurso de políticos, burocratas e
comentadores de serviço.
Na Grécia, mesmo que se chegue a “uma espécie de acordo” , este só será
aceite se continuar a garantir a humilhação social e económica dos Gregos e
possa de servir de “exemplo” para qualquer veleidade de outro povo europeu que se atreva a votar
em alguém que procure uma alternativa à austeridade e ao empobrecimento
generalizado dos cidadãos.
Para esta “europa” os seus cidadãos só vão servir para trabalhar e
pagar para salvar as máfias financeiras do descalabro para onde nos conduziram.
Mas mais grave ainda é a vergonhosa actuação dessas mesmas instituição
não-democráticas que comandam os destinos da Europa em relação à não solução
para o problema dos refugiados do mediterrâneo.
É bom recordar que foi a Europa que contribuiu de forma irresponsável
para a destruição do já de si precário equilibro social e económico do norte de
África e do Médio Oriente com o apoio que deu às criminosas milícias que
derrubaram o ditador Kadhafi e combatem
o ditador da Síria, em nome da luta pela “democracia”, ao mesmo tempo que
fecharam os olhos à instauração de uma ditadura no Egipto, para além do apoio
que deram à desastrosa invasão do Iraque.
Aliás a mesma irresponsabilidade está a ser repetida na Ucrânia, mas
essa é outra história.
A Itália, em primeiro lugar, mas também a Grécia e a Espanha, estão
praticamente isolados nas acções humanitárias para salvar diariamente milhares
de pessoas que procuram fugir ao caos económico e social que está instalado em
África e no Médio Oriente.
Quando Bush filho, com a ajuda de Tony Blair , de Aznar e Durão
Barroso, deram cabo da ONU para justificar a criminosa invasão do Iraque,
abriram o caminho para este caos em que estamos a viver.
A Europa, com a qual muitos de nós sonhámos, já não existe.
Sobra uma enorme sucursal, dividida por quatro instituições não
democráticas, BCE, Comissão, Conselho Europeu e Eurogrupo, que paga
principescamente aos seus funcionários políticos e à propaganda jornalística,
para manter os lucros e salvar da crise o criminoso sistema financeiro, que
vive do comércio do armamento, do tráfico humano, tanto o sexual como o do
trabalho mal pago e precário, da fuga
aos pagamento de impostos, da especulação da bolsa, do tráfico de droga e do
contrabando, da protecção aos capitais saqueados por ditadores de todo o mundo,
o que lhes paga os ordenado e as
mordomias.
Por isso não se pode esperar nada de bom para os cidadãos e
trabalhadores honestos da Europa dessa gente, seja na Grécia, seja em Portugal,
seja em qualquer outro país da Europa.
Os povos que sofrem os crimes que resultaram da irresponsabilidade da
política internacional e financeira do chamado “Ocidente” também não podem
esperar grande coisa a não ser o crescimento da xenofobia nos países que os
acolhem, pois a maior parte dos governos europeus, por razões de estratégia
eleitoral, uns aliaram-se, outros integraram a partidos e ideias xenófobas.
A Europa Acabou…sobra um sucursal das máfias financeiras internacionais,
comandadas pelo FMI, com decisões tomadas secretamente em Bilderberg.
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