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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DIA DO REI : o "meu" Eusébio.



Eusébio era uma das poucas alegrias de um país cinzento, como era o Portugal dos anos 60.

Num tempo em que nem se sonhava com playmobiles ou internet, em criança maravilhávamo-nos disputando os cromos das cadernetas de futebol, sendo o Eusébio um dos cromos mais disputados.

Jogar à bola era um dos raros momentos de liberdade que nos sobrava e sempre que se marcava um golo, não se gritava “golo”, nem um golo era apenas um golo…era um “GOOOOOOLO DE EUSÉBIO”!!!.

….e nesse momentos todos eramos Eusébio.

Quando Portugal estava a perder, e Portugal perdia muito nesses tempos (…uma história que se repete nos nossos tristes dias de hoje…), Eusébio aparecia para nos “salvar” e para nos dar uma grande alegria, mesmo momentânea e ilusória, que nos fazia esquecer as tristezas desses tempos.
Sem Eusébio o país dos troikanos vai ficar ainda mais cinzento.

Eusébio, como homem simples e de origem simples que nunca renegou, sempre esteve muito acima dos muitos que o tentaram manipular em proveito próprio.

A memória de Eusébio prevalecerá para lá da nossa mortalidade e para lá dos oportunistas que correm a homenageá-lo, com as habituais lágrimas de crocodilo.

Quando os nossos heróis nos vão deixando, é um pouco de nós que nos deixa sem esperança de um regresso.


Obrigado Eusébio.

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