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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Deolinda - Parva que Sou, Coliseu do Porto. Assim damos a volta a isto!



Sou da geração sem remuneração


E não me incomoda esta condição

Que parva que eu sou

Porque isto está mal e vai continuar


Já é uma sorte eu poder estagiar


Que parva que eu sou


E fico a pensar


Que mundo tão parvo


Onde para ser escravo é preciso estudar






Sou da geração "casinha dos pais"


Se já tenho tudo, pra quê querer mais?


Que parva que eu sou


Filhos, maridos, estou sempre a adiar


E ainda me falta o carro pagar


Que parva que eu sou


E fico a pensar


Que mundo tão parvo


Onde para ser escravo é preciso estudar






Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"


Há alguém bem pior do que eu na TV


Que parva que eu sou


Sou da geração "eu já não posso mais!"


Que esta situação dura há tempo demais


E parva não sou


E fico a pensar,


Que mundo tão parvo


Onde para ser escravo é preciso estudar

Esta é a letra do tema mais recente do Deolinda, lançado nos seus últimos espectáculos ao vivo.
Tornou-se já num hino das gerações mais novas, a dos 20/30 anos, aqueles que mais prejudicados estão a ser com a actual situação económica, vitímas principais da "geração rasca" que é aquela que nos governa e governa quase toda a Europa.
A eles dedico este post.

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