Não sendo imprevisíveis os resultados, existe desde já uma incógnita que tudo pode baralhar: o efeito da Covid-19 na abstenção.
Uma grande abstenção, acima dos 50%, pode provocar alguns “cataclismos”
e esboroar o que as mais recentes sondagens indicam, uma vitória à primeira
volta de Marcelo, um despique pelo segundo lugar entre Ana Gomes e o
extremista, e o afundamento das candidaturas de João Ferreira e Maris Matias, a
disputar o penúltimo lugar com o candidato da Iniciativa Liberal.
Já se percebeu que vai haver uma grande transferência de votos do
eleitorado do PSD e do CDS para o candidato xenófobo e populista, e algum para
o candidato da Iniciativa Liberal.
Uma grande abstenção, muita dela oriunda provavelmente do PS, vai
beneficiar, em termos percentuais, as candidaturas mais militantes, como a do
racista e a de João Ferreira e até pode
forçar a uma segunda volta.
A minha “previsão desejável” era que Marcelo vencesse à primeira volta,
os três candidatos da esquerda ficassem à frente do populista da
extrema-direita, que este se quedasse abaixo dos 10% e que João Ferreira
ficasse acima dos 6%.
A minha “previsão mais temida” é haver uma segunda volta, que o
extremista fique em segundo ou terceiro, com mais de 10% dos votos e com mais
votos do que João Ferreira e Marisa Matias juntos.
A Minha “previsão mais realista” é que Marcelo ganhe à primeira volta,
que Ana Gomes seja a segunda candidata mais votada e que Marisa, João Ferreira
e o racista tenham mais ou menos a mesma percentagem, não conseguindo o
xenófobo ter mais votos do que a Marisa e o João Ferreira, embora se possa
aproximar dos 10%.
Veremos o que acontece.
Sem comentários:
Enviar um comentário