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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Presidenciais 2021 – “desenhando” opções

(Fonte: Sic)
O quadro dos candidatos às próximas eleições presidenciais começa a ficar definido, faltando ainda formalizar a sua legalização.

Este passo vai deixar pelo caminho alguns dos 10 presumíveis candidatos, quando ainda falta formalizar a candidatura do 11º e o mais esperado/provável candidato vencedor, o actual presidente professor Marcelo.

A não ser que se desse uma surpreendente reviravolta, isto é, se Marcelo decidisse não se recandidatar, o mais certo é a sua recandidatura e, neste caso, mais certo ainda, uma vitória folgada, logo à primeira volta.

Pela minha parte considero que, apesar de não ser da minha área política, Marcelo Rebelo de Sousa tem-se revelado um bom presidente da República, até por contraste com a presidência de Cavaco, uma das piores da nossa história recente, ao mesmo tempo que tem conseguido travar, absorvendo-o, o populismo que tem minado os sistemas democráticos europeus.

Sendo segura a sua vitória, não pertencendo eu à sua área política e prevendo um segundo mandato mais interventivo e até conflituoso com a esquerda, irei votar num candidato à esquerda, até para travar um resultado esmagador que daria a Marcelo um força desproporcionada que fragilizaria a relação institucional entre Presidente, Governo e Parlamento, factor de maior conflitualidade social e política, prejudicial para a resolução e atenuação da  gravidade do momento que se vive.

Não surgindo à esquerda um candidato que me “encha as medidas”, como aconteceu com Sampaio da Nóvoa nas últimas eleições, a minha opção terá de ser, a não surgir uma surpresa de última hora, entre um dos três candidatos que se perfilam nessa área: Ana Gomes; Marisa Matias; João Ferreira.

Qualquer um desses candidatos tem pontos positivos e negativos, mas são, cada um com as suas características, bons candidatos para a esquerda.

Em comum, têm a sua ligação ao Parlamento Europeu, o que poderá contribuir para anular algumas pulsões mais antieuropeístas de uma grande parte do eleitorado de esquerda.

Por outro lado, podendo contribuir para recentrar o debate na “Europa”, podem também contribuir para uma visão mais crítica e, ao mesmo tempo construtiva, sobre algumas decisões da burocracia europeia, mostrando que podem existir alternativas para o modelo Europeu que essa burocracia insiste em impor como via única.

Podem, por exemplo, contribuir para recentrar o papel dos cidadãos na construção europeia, como alternativa daquele modelo que nos têm imposto desde a Troika, que tem sido o de favorecer as negociatas obscuras das grandes empresas e as imposições do corrupto sistema financeiro.

Sobre as características positivas e negativas de cada um daqueles candidatos, análise que, juntamente com a forma como se vão portar durante a campanha, será decisiva para a minha decisão final sobre o candidato em quem irei votar, fá-la-ei em próxima crónica.

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