Aqui registamos, pela 11ª semana consecutiva, a evolução da mortalidade do COVID-19 ao longo
da última semana, a que decorreu entre o dia 11 e o dia 18 de Junho,
a partir dos dados hoje publicados no
site da Organização Mundial de Saúde.
Continuamos a ter por base um grupo de 35 de países.
(Podem clicar AQUI para melhor
comparar com a situação anterior e poderem ligar 10 post’s anteriores).
Começamos, como é habitual, pela lista do número de mortos registados até à
data de hoje, embora os dados possam ter um atraso de um ou dois dias:
TOTAL DE MORTOS POR COVID-19 em todo o MUNDO – 444 813 mortos;
Estados Unidos – 116 702;
Brasil – 45 241;
Reino Unido – 41 969;
Itália – 34 405;
França – 29 481;
Espanha – 27 136;
Índia – 12 237;
Bélgica – 9 663;
Irão – 9 185;
Alemanha – 8 830;
Canadá – 8 213;
Rússia – 7 478;
Holanda – 6 070;
Suécia – 4 939;
Turquia – 4 842;
China – 4 645;
MÉDIA MUNDIAL POR PAÍS – 2 281;
Irlanda – 1 709;
Suíça – 1 677;
África do Sul – 1 674;
PORTUGAL – 1 522;
Japão – 935;
Áustria – 681;
Dinamarca – 598;
República Checa – 331;
Finlândia – 326;
Israel – 302;
Coreia do Sul – 280;
Noruega – 242;
Grécia – 185;
Austrália – 102;
Cuba – 84;
Singapura – 26;
Nova Zelândia – 22;
Islândia – 10;
Palestina – 5.
Registaram-se algumas subidas no trágico “raking” da mortalidade, com o
Brasil a tornar-se o segundo país com mais mortos, a Índia a aproximar-se do
topo, a Suécia a ultrapassar a Turquia e Portugal a ser ultrapassado pela
África do Sul e o Irão a ultrapassar a Alemanha e a Irlanda a ultrapassar a
Suíça.
Um outro modo de olhar para esses números é observar o crescimento
percentual de mortes registadas ao longo desta semana, podendo observar os
países onde esse crescimento é maior, mais rápido e mais preocupantes e aqueles
que registam um maior abrandamento:
Situação “descontrolada” (crescimento semanal acima dos 15%):
Índia – 51,40;
África do Sul – 38,34%;
Brasil – 17,79;
Rússia – 17,61;
com uma velocidade de crescimento “preocupante” (entre 15% e 7%):
Irão – 7,98;
“Velocidade” média MUNDIAL – 7,81% (7,47% na semana anterior);
Evolução “lenta” mas ainda perigosa (entre 7 e 3,5%):
Suécia – 4,70;
Israel – 4,56;
Estados Unidos – 4,21;
Canadá – 4;
Singapura – 4 (situação enganadora, pois parte de um crescimento baixo, de
25 para 26);
Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 3,5 e 2%):
Turquia – 2,38;
PORTUGAL – 2,01 (3,89% na semana anterior);
A caminho da “extinção” (entre 2 e 1%):
Japão – 1,63;
Coreia do Sul – 1,44;
Áustria – 1,33;
Noruega – 1,25%;
Cuba -1,20;
Alemanha – 1,15;
Irlanda – 1,06;
Grécia – 1,09;
A “finalizar” (entre 0 e 1%) ou “Extinto” (0%)
República Checa – 0,91;
Suíça – 0,90;
Dinamarca – 0,84;
Reino Unido – 0,76;
França – 0,74;
Holanda – 0,62;
Finlândia – 0,61;
Bélgica – 0,45;
Itália – 0,005;
Nova Zelândia – 0;
Austrália – 0;
Palestina – 0;
China – 0;
Islândia – 0;
Espanha – 0;
No geral regista-se um abrandamento na velocidade de crescimento, embora, a
nível mundial, se tenha registado um ligeiro crescimento, mercê de um aumento
em países com uma grande base demográfica .
A Índia passou a liderar a velocidade de crescimento.
Também o Irão registou uma subida no ”patamar” de crescimento
De registar o crescimento do número de países que registaram uma
mortalidade próxima dos 0%, ou mesmo sem mortos a registar.
Mesmo as situações de Cuba e Singapura são enganadoras, referindo-se a um
único morto a mais numa semana.
Sendo assim podemos considerar a epidemia práticamnete extinta em 17 países,
cerca de metade dos 35 países analisados.
Portugal continua a descer a sua velocidade de mortalidade de forma
significativa, juntando-se aos países de “ritmo aceitável” embora ainda não
controlado.
Contudo é o segundo país europeu, a seguir à Suécia, a crescer mais, embora
menos que na semana anterior.
É significativo a quase estagnação no número de novos casos mortais nalguns
dos países europeus mais atingidos.
Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem
de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da
melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior
actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem
interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos,
envelhecimento, clima ou genética.
Situação “negativa e trágica” (mortalidade acima dos 10% dos infectados):
França – 19,26 % de mortos em relação ao número de infectados registados;
Bélgica – 16,06;
Itália – 14,48;
Reino Unido – 14,07;
Holanda – 12,36;
Espanha – 11,10;
Situação “preocupante” (entre os 10 e os 5%):
Suécia – 9,26;
Canadá – 8,25;
Irlanda – 6,74; BCG
Grécia – 5,87; BCG
Estados Unidos – 5,48;
China – 5,47;
Média MUNDIAL – 5,40;
Suíça -5,39;
Japão – 5,29;
Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :
Brasil – 4,90;
Dinamarca – 4,88;
Alemanha – 4,71;
Irão – 4,70;
Finlândia – 4,58;
PORTUGAL– 4,07; BCG
Áustria – 3,98;
Cuba – 3,68;
Índia – 3,33;
República Checa – 3,27; BCG
Noruega – 2,80;BCG
Turquia – 2,67;
Situação “boa” (abaixo de 2,5%):
Coreia do Sul – 2,28;
África do Sul – 2,03;
Nova Zelândia – 1,90;
Israel – 1,57;
Austrália – 1,38;
Rússia – 1,35;
Palestina – 0,67;
Islândia – 0,55; BCG
Singapura. 0,06.
Este é um dos quadros que melhor consegue aferir sobre a eficácia na
resposta à crise.
Mais uma vez é muito positiva a posição de Portugal, que consegue estar
melhor do que países como a Holanda e a Suécia (dois mitos com “pés de barro” e
em situação muito preocupante), ou que a Grécia, a Dinamarca, a Finlândia ou a
Alemanha, países geralmente apontados como “exemplares”, e pouco pior que a
Áustria.
Muitos países registaram algumas melhoras neste ítem, em parte pelo aumento
de testagem que, aumentando o número de infectados, manteve o ritmo da
mortalidade
Contudo, estes números podem incorrer em erro, tendo em conta algumas
falhas e algumas diferenças na forma de contabilizar os infectados ou registar
os mortos por COVID-9.
Por isso, devemos cruzar aquela informação com o último quadro, onde se
registam os números de mortos por cada 100 mil habitantes, dados que, apesar de
mostrarem melhor a realidade comparada, podem ser “contaminados” pela base
demográfica e pela dimensão de alguns países, disfarçando a gravidade da
situação, muitas vezes concentrada apenas em certas zonas, como é o caso do
Brasil.
Assinalamos pela primeira vez, em
itálico, os países com uma dimensão demográfica idêntica a Portugal (com, entre
7 milhões e 18 milhões de habitantes):
Bélgica – 84,35 mortos por cada
100 mil habitantes;
Reino Unido – 63,55;
Espanha – 58,06;
Itália – 56,68;
Suécia – 48,31;
França – 44,00;
Estados Unidos -35,50;
Irlanda – 35,18;
Holanda – 34,77;
Canadá – 21,60;
Brasil – 21,52;
Suíça – 19,66;
PORTUGAL – 14,78;
Irão – 11,17;
Alemanha – 10,64;
Dinamarca – 10,29;
Áustria – 7,68;
Finlândia – 5,90;
Turquia – 5,82;
MÉDIA MUNDIAL – 5,76;
Rússia – 5,09;
Noruega – 4,50;
Israel – 3,28;
República Checa – 3,09;
África do Sul – 2,84;
Islândia – 2,73;
Grécia – 1,72;
Índia – 0,89;
Cuba – 0,74;
Japão – 0,74;
Coreia do Sul – 0,54;
Singapura – 0,45;
Nova Zelândia – 0,44;
Austrália – 0,39;
China – 0,33;
Palestina – 0,10.
Este tipo de observação parece, contudo, distorcer bastante a realidade,
“beneficiando” principalmente os países de grandes dimensões, devido à
concentração regional dos surtos, com acontece, por exemplo, com o Brasil e a
Rússia.
Neste quadro Portugal não se sai tão bem como nos anteriores, apesar de a
mortalidade ser relativamente baixa, mas mantendo-se próximo de países ditos
“exemplares” como a Alemanha, a Dinamarca ou a Áustria.
Em relação à semana anterior é de registar o agravamento da situação em
países como a Irlanda, os Estados Unidos, o Brasil, o Irão, a África do Sul e a
Índia
Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.
Voltaremos para a semana com nova análise dos dados.
Sem comentários:
Enviar um comentário