Continuamos a ter por base um grupo de 35 de países.
(Podem clicar AQUI para melhor
comparar com a situação anterior e poderem ligar 9 post’s anteriores).
Começamos, como é habitual, pela lista do número de mortos registados até à
data de hoje, embora os dados possam ter um atraso de um ou dois dias, com a
novidade, esta semana, de o Brasil ter deixado de divulgar dados fiáveis,
seguindo a Coreia do Norte:
TOTAL DE MORTOS POR COVID-19 em todo o MUNDO – 412 583 mortos;
Estados Unidos – 111 978;
Reino Unido – 40 883;
Brasil – 38 406;
Itália – 34 043;
França – 29 234;
Espanha – 27 136;
Bélgica – 9 619;
Alemanha – 8 729;
Irão – 8 506;
Índia – 8 102;
Canadá – 7 897;
Rússia – 6 358;
Holanda – 6 031;
Turquia – 4 729;
Suécia – 4 717;
China – 4 645;
MÉDIA MUNDIAL POR PAÍS – 2 111;
Suíça – 1 662;
Irlanda – 1 691;
PORTUGAL – 1 492;
África do Sul – 1 210;
Japão – 920;
Áustria – 672;
Dinamarca – 593;
República Checa – 328;
Finlândia – 324;
Israel – 298;
Coreia do Sul – 276;
Noruega – 239;
Grécia – 183;
Austrália – 102;
Cuba – 83;
Singapura – 25;
Nova Zelândia – 22;
Islândia – 10;
Palestina – 5.
Mantem-se um conjunto de 15 países, entre os 35 analisados, com um número
de casos mortais acima da média mundial.
O Brasil, apesar de os números estarem subestimados, devido ao boicote
governamental à divulgação dos números, é já o terceiro país com mais mortos (o
segundo em infectados).
A Espanha desceu um lugar devido à revisão em baixa do total de mortos
(eram 29 858 na semana passada, passaram para 27 136 esta semana).
Desconhecemos a razão dessa alteração.
A Índia e a Rússia subiram mais um patamar, assim como a Turquia e a
Suécia, sendo significativo, nestes dois casos, que tenham ultrapassado a
China.
Entre os países com números abaixo da média mundial, deve registar-se
também a subida de um lugar da África do Sul.
Há que estar atento à evolução de alguns desses países, pois todos eles são
países de grande dimensão demográfica e geográfica.
Portugal continua na mesma posição.
Existem outros modos de olhar para esses números
Começamos por mostrar o crescimento percentual de mortes registadas ao
longo desta semana, podendo observar os países onde esse crescimento é maior,
mais rápido e mais preocupantes e aqueles que registam um maior abrandamento:
Situação “descontrolada” (crescimento semanal acima dos 15%):
África do Sul – 52,77%;
Índia – 33,36;
Brasil – 23,10;
Rússia – 21,91;
Não existem países com uma velocidade de crescimento “preocupante” (entre
15% e 7%)
Evolução “lenta” mas ainda perigosa (entre 7 e 3,5%):
“Velocidade” média MUNDIAL – 7,47% (9,09% na semana anterior);
Canadá – 6,51;
Irão – 6,16;
Estados Unidos – 5,58;
Suécia – 5,57;
Israel – 4,56;
Singapura – 4,16 (situação enganadora, pois parte de um crescimento baixo,
de 24 para 25);
PORTUGAL – 3,89 (7,00% na semana anterior);
Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 3,5 e 2%):
Turquia – 3,14;
Reino Unido – 3,13;
Dinamarca – 2,24;
Grécia – 2,23;
Alemanha – 2,08;
A caminho da “extinção” (entre 2 e 1%):
Irlanda – 1,99;
Bélgica – 1,91;
Japão – 1,88;
República Checa – 1,54;
Itália – 1,52;
Finlândia – 1,25;
França – 1,21;
Coreia do Sul – 1,09;
Holanda – 1,07;
A “finalizar” (entre 0 e 1%) ou “Extinto” (0%)
Áustria – 0,44;
Suíça – 0,24;
Cuba -0;
Nova Zelândia – 0;
Austrália – 0;
Palestina – 0;
China – 0;
Islândia – 0;
Espanha – (-) 9,11(crescimento negativo devido a acerto de números);
No geral regista-se um abrandamento na velocidade de crescimento.
Israel foi um das excepções, piorando imenso a sua situação neste quadro.
Neste momento apenas 4 países, entre os 35 analisados, se encontram acima
da média mundial, situação preocupante se tivermos em conta a base demográfica
desses países.
É significativo que não se tenham registados mortos em 6 desses países ao
longo dessa semana, para além de outros três que se aproximam dos 0% de
crescimento da mortalidade.
A situação em Singapura é enganadora, refere-se a um único caso.
Sendo assim podemos considerar a epidemia extinta em 11 países.
Portugal continua a descer a sua velocidade de mortralidade de forma
significativa, podendo em breve juntar-se aos países de “ritmo aceitável”
embora ainda não controlado.
Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem
de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da
melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior
actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem
interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos,
envelhecimento, clima ou genética.
Situação “negativa e trágica” (mortalidade acima dos 10%):
França – 19,39 % de mortos em relação ao número de infectados registados;
Bélgica – 16,18;
Itália – 14,45;
Reino Unido – 14,13;
Holanda – 12,59;
Espanha – 11,21;
Suécia – 10,27;
Situação “preocupante” (entre os 10 e os 5%):
Canadá – 8,17;
Irão – 7,21;
Irlanda – 6,70; BCG
Grécia – 5,98; BCG
Média MUNDIAL – 5,68;
Estados Unidos – 5,68;
China – 5,48;
Brasil – 5,19;
Suíça -5,37;
Japão – 5,32;
Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :
Dinamarca – 4,94;
Alemanha – 4,72;
PORTUGAL– 4,22; BCG
Áustria – 3,97;
Cuba – 3,75;
República Checa – 3,36; BCG
Índia – 2,82;
Noruega – 2, 79;BCG
Turquia – 2,74;
Situação “boa” (abaixo de 2,5%):
Coreia do Sul – 2,31;
Finlândia – 2,27;
África do Sul – 2,18;
Nova Zelândia – 1,90;
Israel – 1,64;
Austrália – 1,40;
Rússia – 1,28;
Palestina – 0,75;
Islândia – 0,55;BCG
Singapura. 0,06.
Este é um dos quadros que melhor consegue aferir sobre a eficácia na
resposta à crise.
Mais uma vez é muito positiva a posição de Portugal, que consegue estar
melhor do que países como a Holanda e a Suécia (dois mitos com “pés de barro” e
em situação muito preocupante), ou que a Grécia, a Dinamarca, ou a Alemanha,
países geralmente apontados como “exemplares”, e pouco pior que a Áustria.
Contudo, estes números podem incorrer em erro, tendo em conta algumas
falhas e algumas diferenças na forma de contabilizar os infectados ou registar
os mortos por COVID-9.
Não será o caso de Portugal, também bem classificado na testagem média por
habitante, e uma sociedade aberta em termos informativos.
Por isso, devemos cruzar aquela informação com o último quadro, onde se
registam os números de mortos por cada 100 mil habitantes, dados que, apesar de
mostrarem melhor a realidade comparada, podem ser “contaminados” pela base
demográfica e pela dimensão de alguns países, disfarçando a gravidade da
situação, muitas vezes concentrada apenas em certas zonas, como é o caso do
Brasil.
Mesmo assim aqui deixamos esse último quadro:
Bélgica – 83,97 mortos por cada 100 mil habitantes;
Reino Unido – 61.90;
Espanha – 58,06;
Itália – 56,37;
Suécia – 46,13;
França – 43,63;
Holanda – 34,55;
Irlanda – 34,81;
Estados Unidos -34,06;
Canadá – 20,77;
Suíça – 19,49;
Brasil – 18,27;
PORTUGAL – 14,49;
Alemanha – 10,51;
Irão – 10,34;
Dinamarca – 10,21;
Áustria – 7,58;
Finlândia – 5,86;
Turquia – 5,68;
MÉDIA MUNDIAL – 5,35;
Noruega – 4,45;
Rússia – 4,33;
Israel – 3,24;
República Checa – 3,06;
Islândia – 2,73;
África do Sul – 2,05;
Grécia – 1,70;
Cuba – 0,74;
Japão – 0,73;
Índia – 0,59;
Coreia do Sul – 0,53;
Nova Zelândia – 0,44;
Singapura – 0,43;
Austrália – 0,39;
China – 0,33;
Palestina – 0,10.
Este tipo de observação parece, contudo, distorcer bastante a realidade,
“beneficiando” principalmente os países de grandes dimensões, devido à
concentração regional dos surtos, com acontece, por exemplo, com o Brasil e a
Rússia.
Neste quadro Portugal não se sai tão bem como nos anteriores, apesar de a
mortalidade ser relativamente baixa, mas mantendo-se próximo de países ditos
“exemplares” como a Alemanha, a Dinamarca ou a Áustria.
Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.
Voltaremos para a semana com nova análise dos dados.
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