Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 25 de junho de 2020

COVID-19 – Outra Maneira de Olhar para os Números (12ª Semana)

 
Aqui registamos, pela 12ª semana consecutiva, a   evolução da mortalidade do COVID-19 ao longo da última semana, a que decorreu entre o dia 18 e o dia  25 de Junho, a partir dos  dados hoje publicados no site da Organização Mundial de Saúde.

Continuamos a ter por base um grupo de 35 de países.

Esse número será reduzido na próxima semana.

(Podem clicar AQUI para melhor comparar com a situação anterior e poderem ligar 10 post’s anteriores).

Começamos, como é habitual, pela lista do número de mortos registados até à data de hoje, embora os dados possam ter um atraso de um ou dois dias:

TOTAL DE MORTOS POR COVID-19 em todo o MUNDO – 478 691 mortos;

Estados Unidos – 120 255;
Brasil – 52 645;
Reino Unido – 42 927;
Itália – 34 675;
França – 29 643;
Espanha – 28 325;
Índia – 14 894;
Irão – 9 996;
Bélgica – 9 713;
Alemanha – 8 914;
Rússia – 8 513;
Canadá – 8 454;
Holanda – 6 095;
Suécia – 5 161;
Turquia – 5 001;
China – 4 647;

MÉDIA MUNDIAL POR PAÍS – 2 454; 

África do Sul – 2 205;
Irlanda – 1 720;
Suíça – 1 679;

PORTUGAL – 1 540;

Japão – 968;
Áustria –  693;
Dinamarca – 603;
República Checa – 339;
Finlândia – 327;
Israel – 307;
Coreia do Sul – 282;
Noruega – 248;
Grécia – 190;
Austrália – 103;
Cuba – 85;
Singapura – 26;
Nova Zelândia – 22;
Islândia – 10;
Palestina – 5.

Registaram-se algumas subidas no trágico “raking” da mortalidade, com o Irão a ultrapassar a Bélgica, a Rússia a ultrapassar o Canadá e a África do Sul a subir dois lugares.

Um outro modo de olhar para esses números é observar o crescimento percentual de mortes registadas ao longo desta semana, podendo observar os países onde esse crescimento é maior, mais rápido e mais preocupantes e aqueles que registam um maior abrandamento:

Situação “descontrolada” (crescimento semanal acima dos 15%):

África do Sul – 31,72 %;
Índia – 21,71 %;
Brasil – 16,36;

com uma velocidade de crescimento “preocupante” (entre 15% e 7%):

Rússia – 13,84;
Irão – 8,82;

“Velocidade” média MUNDIAL – 7,61% (7,81% na semana anterior);

Evolução “lenta” mas ainda perigosa (entre 7 e 3,5%):

Suécia – 4,49;
Espanha – 4,38;
Japão – 3,52;

Ritmo aceitável, mas ainda não controlado (crescimento entre 3,5 e 2%):

Turquia – 3,28;
Estados Unidos – 2,95;
Canadá – 2,93;
Grécia – 2,70;
Noruega – 2,47%;
República Checa – 2,41;
Reino Unido – 2,28;

A caminho da “extinção” (entre 2 e 1%):

Áustria – 1,76;
Israel – 1,65;
Cuba -1,19;

PORTUGAL – 1,18 (2,01% na semana anterior);

A “finalizar” (entre 0 e 1%) ou “Extinto” (0%)

Austrália – 0,98;
Alemanha – 0,95;
Dinamarca – 0,83;
Itália – 0,78;
Coreia do Sul – 0,71;
Irlanda – 0,64;
França – 0,54;
Bélgica – 0,51;
Holanda – 0,41;
Finlândia – 0,30;
Suíça – 0,11;
China – 0, 04;
Nova Zelândia – 0;
Palestina – 0;
Islândia – 0;
Singapura – 0;

No geral regista-se um abrandamento na velocidade de crescimento,  e a maior parte dos países baixaram de patamar.

Contudo registou-se um agravamento da velocidade na mortalidade em países onde, aparentemente já tudo parecia controlado, como a Espanha (embora mercê de uma correcção de dados) e, significativamente com o Japão, a Noruega, a Grécia, a República Checa e o reino Unido a piorarem bastante.

A África do Sul  passou a liderar a velocidade de crescimento.
Também o Irão registou uma subida no ”patamar” de crescimento

De registar o crescimento do número de países que registaram uma mortalidade próxima dos 0%, ou mesmo sem mortos a registar.

Sendo assim podemos considerar a morte pela epidemia práticamnete extinta em 16 países, cerca de metade dos 35 países analisados.

Portugal continua a descer a sua velocidade de mortalidade de forma significativa, descendo um patamar.

Existe uma outra forma de observar os dados da mortalidade, a percentagem de falecidos em relação ao total de infectados, que pode ser revelador da melhor ou da pior resposta do Sistema de Saúde de cada país, da melhor ou pior actuação das autoridades, sem esquecer ainda outros factores que podem interferir, como a capacidades imunológicas da população, hábitos, envelhecimento, clima ou genética.

Situação “negativa e trágica” (mortalidade acima dos 10% dos infectados):

França – 19,09 % de mortos em relação ao número de infectados registados;
Bélgica – 15,97;
Itália – 14,51;
Reino Unido – 14,01;
Holanda – 12,25;
Espanha – 11,47;

Situação “preocupante” (entre os 10 e os 5%):

Suécia – 8,45;
Canadá – 8,29;
Irlanda – 6,77; BCG
Grécia – 5,55; BCG
China – 5,45;
Suíça -5,37;
Japão – 5,34;
Média MUNDIAL – 5,15;

Estados Unidos – 5,19;

Situação “aceitável” (entre 5 e 2,5%) :

Dinamarca – 4,80;
Irão – 4,70;
Alemanha – 4,65;
Brasil – 4,59;
Finlândia – 4,57;
Áustria – 3,99;

PORTUGAL– 3,85; BCG

Cuba – 3,66;
República Checa – 3,18; BCG
Índia – 3,14;
Noruega – 2, 83;BCG
Turquia – 2,62;

Situação “boa” (abaixo de 2,5%):

Coreia do Sul – 2,24;
África do Sul – 1,97;
Nova Zelândia – 1,88;
Rússia – 1,40;
Israel – 1,45;
Austrália – 1,36;
Islândia – 0,54; BCG
Palestina – 0,32;
Singapura. 0,06.

Este é um dos quadros que melhor consegue aferir sobre a eficácia na resposta à crise.

Mais uma vez é muito positiva a posição de Portugal, que consegue estar melhor do que países como a Holanda e a Suécia (dois mitos com “pés de barro” e em situação muito preocupante), ou que a Grécia, a Dinamarca, a Finlândia ou a Alemanha, países geralmente apontados como “exemplares”. A Áustria piorou também a situação em relação a Portugal.

A situação de Portugal neste quadro é significativa pelo facto de Portugal testar numa média por habitante muito superior a esses países ditos “inteligentes” e com fama de terem sistemas de saúde   melhores do que o nosso

A Partir de hoje deixamos de publicar o quadro com a média de mortos por 100 mil habitantes por não se registar alterações na posição dos países observados, em relação à semana anterior,  pelo facto desse tipo de registo ser publicado em muitos sítios e pelo facto de esse tipo de comparação ser enganadora e falaciosa em relação a países de maiores dimensões ou de menor concentração populacional.

Sem mais comentários, fiquem com os dados e tirem as vossas conclusões.

Voltaremos para a semana com nova análise dos dados.

Sem comentários: