A nova assembleia ainda não tomou posse, o novo governo ainda não foi
formado, mas o estreante Iniciativa Liberal já sabe como vai votar no próximo
orçamento e programa de governo: Contra!
Ou seja, para quem se arvora como detentor de uma nova forma de fazer
política, foi mais longe que a maioria dos partidos “tradicionais”.
Se estes, muitas vezes, decidem o sentido do voto, não pela pertinência
ou qualidade das propostas, mas pela sua origem, mas pelo menos argumentem
contra com base em propostas concretas, os “iluminados” do Iniciativa Liberal, que na
sua arrogante intervenção na noite eleitoral prometiam que iam mudar a
tradicional forma de fazer política, tomam posição sobre um documento que ainda não existe, justificando a reprovação desse documento (inexistente, repetimos), não devido ao seu conteúdo (ainda desconhecido, voltamos a recordar...) mas com facto de "não irem com a cara" do governo saído das eleições!!!
Claro que, para nós, essa atitude não é de espantar, vindo de onde vem.
Arvorando-se como a “novidade” que vai “fazer diferente” no Parlamento,
esse partido não apresenta nada de novo nessa velha direita neoliberal que sonha
com o regresso ao século XIX, quando o Estado estava ao serviço dos interesse
dos poderosos, quando quem trabalhava não tinha quaisquer direitos, e quando o
acesso aos cuidados de saúde, `a educação e aos mais elementares apoios sociais
era privilégio de poucos.
Aliás, esse partido limita-se a tornar ideologicamente coerente e em
programa consistente o “ir além da Troika” do passos-coelhismo, de má memória.
Ou seja…uma espécie de “Chega” mais bem falante e bem comportado, de
fato completo e gravata.
..à “direita”, nada de novo!
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