Os dias que rolam, numa visão plural, pessoal e parcial de um mundo em rápida mutação. À esquerda, provocador e politicamente incorrecto, mas aberto à diversidade...as Pedras Rolam...
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sexta-feira, 31 de março de 2017
quarta-feira, 29 de março de 2017
“Brexit” ou “Eurexit”?
A Grã-Bretanha assume hoje a sua saída da União Europeia, um processo
que ainda vai demorar cerca de dois anos a concretizar-se plenamente.
Embora todas as análises considerem que vai ser a Grã-Bretanha a sofrer
as piores consequências pela decisão, nada garante que assim seja.
Os países mais desenvolvidos da Europa estão fora da União Europeia,
com são o caso da Noruega e da Suiça.
Por sua vez o único país que conseguiu ultrapassar a crise financeira e
resolve-la de forma adequada e a favor dos cidadãos foi outro país que está
fora da União Europeia (EU), como foi o caso da Islândia (que, aliás, desistiu
do processo de adesão à União Europeia).
Por isso não é liquido que, a médio prazo, a Grã-Bretanha não venha a
beneficiar da sua saída da EU.
Aliás, penso que é esta hipótese que mais preocupa os burocratas do
Politburo de Bruxelas, pois uma Grã-Bretanha que a prazo venha a crescer e a
melhorar as suas condições socias e económicas seria um “mau exemplo” para os
burocratas de Bruxelas e podia entusiasmar outros países, sujeitos ao garrote “austeritário”
de Bruxelas, a rebelarem-se a exigirem, ou um novo rumo para a Europa ou a saída
da organização.
É essa preocupação que justifica a atitude de alguns desses burocratas,
procurando hostilizar os britânicos e tornar a separação uma separação altamente
litigiosa e conflituosa, dificultando ao máximo a saída, pois precisa que esse
acto sirva de exemplo a qualquer tentativa de rebeldia no seio da EU.
Claro que os motivos que levaram a Grã-Bretanha a sair não são bons
motivos, mas, se o resultado for o contrário do que é vaticinado por comentadores
e políticos fiéis à ortodoxia de Bruxelas, o “Brexit” pode transformar-se, a
prazo, num “Eurexit”.
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terça-feira, 28 de março de 2017
Contra as "troikas" a o Politburo de Bruxelas, Eu, EUROPEU me confesso
A minha cultura, as minhas memórias, os meus valores e as minhas
convicções são todas “europeístas”.
Nasci num país que ligou a Europa ao mundo, nem sempre pelas melhores
razões e raramente da forma mais humana.
Nasci num país e fui criado num regime que copiou os tiques e os
métodos de uma ideologia que nasceu na Europa, o fascismo ( como nasceram na Europa o anarquismo, o liberalismo, a democracia, o comunismo, a social-democracia...).
Nasci num país e fui criado num regime que, na minha juventude, era ainda
a última encarnação de uma atitude europeia face a outros povos, uma regime
colonialista que sonhava com a preservação de um Império.
Nasci num país que tinha como religião oficial o cristianismo e onde a
Igreja, para o bem e para o mal, tinha um poder imenso sobre os valores
incutidos e o quotidiano de todo um povo.
Nasci e vivi num país outro que lutou pelo ideal democrático e liberal ou
partilhou ideologias alternativas ao Estado Novo, todas, para o bem e par o
mal, criadas e fomentadas no espaço Europeu.
Muito da cultura que me incutiram na infância e na juventude, ora como
modelo, ora com contraponto a esse modelo, foi toda ela uma cultura europeia ou
“ocidental”, na musica, na literatura, no cinema, na banda-desenhada, nas artes
plásticas…
Por isso não alinhei na euforia provinciana à volta da adesão a um dos modos possíveis de ser Europeu, pertencer à então CEE, como aconteceu em 1986.
Na altura existiam outros organismos parecidos, a EFTA, mais a norte e
dominada pela Grã-Bretanha, e da qual o Estado Novo salazarista tinha sido um
estado fundador e o COMECON, o equivalente económico nos estados do leste da
Europa, ditaduras ditas “democracias populares”, lideradas pela União Soviética.
Curiosamente a EFTA ainda existe, formado apenas por 4 países, mas que
são os países mais prósperos da Europa, a Noruega, a Islândia, a Suiça e o Liechtenstein.
Para mim sempre pertencemos, para o bem e para o mal, à história,
cultura e sociedade Europeias, um conjunto mais vasto e abrangente e
culturalmente mais diverso e rico do que a actual União Europeia.
Por isso também não embarco na actual confusão reinante de rotular toda
e qualquer crítica à deriva anti-democrática e anti-social reinante nas
decisões tomadas pelas instituições “europeias”, como sendo “populismo” ou “eurocepticismo”.
Criticar o modelo “austeritário” imposto pelo politburo de Bruxelas,
criticar a falta de democracia reinante nas instituições europeias, ou criticar
as desigualdades crescentes provocadas pela forma como o “euro” foi
implementado, não é ser “euroceptico” ou
“populista”, mas é, pelo contrário, alertar para os verdadeiros perigos que um
projecto, com uma origem generosa de defesa na abertura de fronteiras, no combate às desigualdades sociais e na garantia de
direitos sociais humanos e políticos, está a correr às mãos da actual elite que a
dirige, cativada pelo corrupto poder financeiro.
De facto, é essa mesma deriva “austeritária” e “financista” que leva a
fenómenos como o “Brexit” e está a gerar e a dar força ao verdadeiro populismo,
que tem um nome que muitos temem pronunciar: neo-fascismo.
Criticar e encontrar alternativas a essa deriva da União Europeia, protagonizada
por instituições burocratizadas e reféns
do poder financeiro, e pelas suas actuais elites coniventes
com esse poder, é a única maneira de
salvar um projecto que tem potencialidades para melhorar a vida dos cidadãos
europeus e para se tornar uma verdadeira alternativa que, como o fez noutras
alturas, combine a democracia e a liberdade com o combate às desigualdades
sociais e a manutenção de direitos sociais, universais e humanistas.
Continuar na deriva actual, isso sim é condenar o projecto europeu à
sua destruição e abrir caminho às derivas “populistas” xenófobas e
neo-fascistas, fazendo a Europa regressar às suas guerras fratricidas de sempre.
Por isso, parem de me chamar “populista” e “eurocéptico” cada vez que
defender uma Europa mais justa e humana, ou criticar a deriva “austeritária”
imposta pelo “politburo” de Bruxelas.
Ser Europeu é defender a democracia, a liberdade, a justiça social e os
direitos socias.
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sábado, 25 de março de 2017
As única palavras lucidas no 60 º aniversário do projecto europeu
Dos burocratas do politburo de Bruxelas hoje reunidos em Roma, para
comemorar um projecto que eles andam entretidos a destruir, pouco mais se
espera que retórica e fotografias de circunstâncias.
As únicas palavras que os cidadãos europeus, vítimas dessa gente,
gostariam de ouvir foram proferidas por
alguém que não pertence à triste liderança da União Europeia, e foram estas:
“O primeiro elemento da vitalidade europeia é a solidariedade. O
espírito de solidariedade é hoje, e mais do que nunca, necessário, perante as
forças centrifugas e a tentação de reduzir os ideais fundadores a práticas
económicas e financeiras (…).Quando uma instituição perde o seu sentido de
direcção e deixa de olhar para a frente, entra em regressão e, se ele se
prolongar, morre”.
Não, a frase não foi dita por um “perigoso esquerdista” ou por um “perigoso
eurocéptico”.
Foi dita por um dos únicos lideres lúcidos do ocidente, o papa
Francisco, ontem ao receber os burocratas da União Europeia.
Será que eles as perceberam???
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O Respigo da Semana : "Em Roma já não sobra nada" por Francisco Louçã
"Em Roma já não sobra nada
por Francisco Louçã
Djisselbloem parece ser tudo o que a União Europeia tinha para dar. Tem
sido ele quem faz, pois é uma marreta de Schauble, que cuida do controlo
político sobre o euro através dessa instituição sem regras, o Eurogrupo. É ele,
o dogma de uma política económica destruidora. É ele, a transumância política
entre socialistas e a direita, nesse nevoeiro em que se tornou a “governança”
europeia. Ou, como escrevia Viriato Soromenho Marques, europeísta lúcido, esta
gente é a figuração de “um dos problemas europeus, sem remédio aparente, o
défice de competência política e o excesso de cabotinismo que reina no
fervilhar das chancelarias”.
A esse cabotinismo respondeu António Costa com um ultimato em tempo
certo: demita-se, ou o euro não tem futuro. Só que pode parecer ou exagerado ou
ambíguo. Se Djisselbloem sair, e vai sair dentro de alguns meses para salvar as
aparências, outro virá para um caminho que poderá ser semelhante. O que é que
então quer dizer que o euro não tem futuro – é por ter um cabotino à frente do
Eurogrupo (a obedecer à Alemanha) ou é por seguir uma política cabotina (que a
Alemanha impõe)? No dia da triste festa de Roma, não creio que haja outra
pergunta.
Será então que o ministro holandês se limitou a exagerar os seus
preconceitos, em contraste com a frieza equilibrante dos burocratas europeus,
nada dados a exageros? A experiência diz que não. Afinal, tivemos a Grécia
(vendam as ilhas, dizia um ministro alemão). Afinal, temos Guenther Oettinger,
o comissário europeu promovido para dirigir o Orçamento e que exigia que os
países endividados ficassem com a bandeira a meia haste (além de outras
aleivosias racistas). Afinal, temos Juncker, que afirma que a França deve ser
isenta das obrigações dos Tratados por ser a França. Se portanto nos
perguntamos se Dijsselbloem é simplesmente uma anedota que se pode descartar
com o abanar da mão, a prudência pede que se olhe para a floresta e não só para
a árvore: o homem foi simplesmente a voz do governo europeu.
Terá sido por isso mesmo que Sampaio já se tinha erguido, aqui no
PÚBLICO, contra o caminho do desastre: uma “corrida para o abismo”, com o
“ponto de não retorno” do Brexit, tudo agravado pela inviabilidade de 10-15
anos de austeridade impostos pelo Tratado Orçamental aos países periféricos, a
que ainda acresce a “gestão desastrosa” da questão dos refugiados e “uma clara
acumulação de dificuldades, problemas mal resolvidos e alguns estrondosos
insucessos” e, em consequência, “o esboroamento a olhos vistos da confiança na
União Europeia, nas suas instituições e nos seus líderes”. O “esboroamento”,
nada menos.
Mais, acrescentava o ex-Presidente, isto não vai ser corrigido: “o pior
é que, de facto, ninguém parece acreditar que Bruxelas (ou Berlim) tenha
qualquer iniciativa nos próximos meses para responder à crise da eurozona, para
alterar a ortodoxia financeira dos credores ou para criar as condições
institucionais e orçamentais que tornem possíveis programas de reforma nas
economias mais frágeis”. O teste está a ser feito na Cimeira que decorre este
fim de semana em Roma: haverá palavras de circunstância sobre o atentado de
Londres e sobre os 60 anos da fundação, enquanto os cinco cenários de Juncker
serão misericordiosamente enterrados e não haverá nada sobre como deve a União
superar a desunião e o desprezo pela vida dos desempregados, ou dos
trabalhadores, ou dos jovens. Afinal, o dijsselbloismo tem triunfado sem
oposição nas cimeiras europeias.
Claro que em Portugal, apesar da indignação espraiada até entre os
partidos de direita contra “as mulheres e os copos”, ainda sobrou a brigada
conservadora que veio defender Dijsselbloem. Helena Garrido já tinha dito que o
chefe dele, Schauble, tinha razão, aliás os chefes têm sempre razão e, se
anuncia que vem um resgate, é porque sim e até é um favor que nos faz. Camilo
Lourenço, um homem do CDS, alinhou imediatamente com Dijjselbloem, que andava
tudo a exagerar e no fundo o homem tem razão.
José Manuel Fernandes reconhece, pesaroso, que a frase é “infeliz”,
para logo também concluir que tem razão. Mais ainda, entusiasmado com a ideia,
Fernandes ensaia no Observador a sua própria versão do dijsselbloemês,
advertindo-nos paternalmente: “a próxima vez que um filho vosso (ou um irmão)
que está em riscos de chumbar o ano vos vier pedir dinheiro para ir ‘com a
malta’ para ‘a noite’ na véspera de um exame decisivo, passem-lhe logo o cartão
do multibanco e o respectivo código, não vá ele acusar-vos de ‘moralismo’ e
‘preconceitos’, talvez mesmo de ‘xenofobia’, porventura de ‘racismo’ e
‘sexismo’. Como sabem, assim ele irá longe na vida”. Este catálogo de pecados é
maravilhoso e serve para explicar porque é que Dijsselbloem, no fim das contas,
é como o nosso pai quando cuida de nós e não cede à tentação de nos deixar ir
para a “noite”. Os conservadores continuam a lastimar a falta do Diabo, que
vinha e não veio, e ficam-se por agora pela certeza de que “copos e mulheres”
ou os “copos” e a “noite” na “véspera de um exame decisivo” nos levam pelo
caminho da condenação aos infernos.
Ainda não perceberam que de inferno sabemos todos muito, vivemos a
caminho dele desde que Passos Coelho nos explicou que, com a troika, precisamos
mesmo de empobrecer – sem “copos” e sem “mulheres”, diria o presidente do
Eurogrupo."
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sexta-feira, 24 de março de 2017
quinta-feira, 23 de março de 2017
A Banalização do Terror
A Europa foi, ontem, alvo de mais um ataque terrorista.
Londres foi desta vez o alvo, mas sentimos que este tipo de ataque, sem
necessidade de grandes recursos, executado por um fanático isolado, pode
acontecer em qualquer grande cidade da Europa e do mundo.
A repetição e sequência deste tipo de ataques levante, desde logo, três
questões: em primeiro lugar, o terrorismo corre o risco de se tornar uma coisa
banal, com o qual temos de viver no dia a dia das grandes cidades; em segundo
lugar, começa a ser questionável se o tipo de tratamento que a comunicação
social dá a este tipo de actos terroristas não é ele mesmo gerador desse tipo
de actos, pelo espectáculo feito à sua volta e pela capacidade de multiplicação
de imitadores que o espectáculo pode provocar, pelo o desejo de “15 minutos de
fama” e de visibilidade que essa actuação permite à causa jhiadista ou à mera irrelevância
da vida de um louco solitário; em terceiro lugar a diferença de tratamento que
se dá quando o ataque terrorista é em solo europeu ou vitima europeus e ocidentais, em relação à pouca atenção que
merece um ataque, por vezes muito mais violento ou mortífero, quando tem lugar,
quase diárimanete, em África ou no Médio-Oriente e vitima “apenas” africanos e
àrabes.
A publicidade é o principal objectivo desses actos de terror, e por
isso era importante repensar a forma como esses acontecimentos são divulgados.
Um outro problema é todo um conjunto de questões que vou colocando aqui
de cada vez que se repete mais um acto bárbaro como o que ensombrou ontem a
cidade de Londres e que continuam sem resposta: quem financia o Daesh?; quem os
arma?; como é possível que a internet continue a funcionra como centro de
divulgação e recrutamento para a causa jhidaista? qual o papel de países como a
Turquia, um país da NATO, e da Arábia Saudita, um aliado tradicional do
“ocidente”, já para não falar no papel ambíguo de Israel, no meio de tudo isto?...
Em recente documentário exibido num canal por cabo, julgo que no “Odisseia”,
levantava-se alguma ponta do véu, confirmando-se o papel da Turquia na
canalização de matéria processada pelo “Estado Islâmico”, como o petróleo e o
algodão, que estão na base de parte do seu financiamento, negócio com o qual lucram
muitas empresas ocidentais ligadas o petróleo e à industria têxtil, não sendo
de estranhar se todos nós, quando colocamos gasolina no carro ou compramos
roupa não estamos indiretamente a financiar o Daesh.
… e já para não falar no envolvimento, directo ou indirecto, do sector financeiro
mundial e da industria de armamento no “apoio” ao Daesh, como, noutros tempo ou
noutras áreas geográficas, “apoiam” ditaduras e a degradação social, desde que
o lucro fácil esteja garantido.
Por isso é bom que a repetição de actos terrorista não nos levem a
banalizar esse mal e a deixar de tentar perceber e exigir saber quem
está por detrás dessa gente.
Por agora, o populismo de extrema direita é o beneficiário mais visível
da barbaridade desses actos…mas não é o único…
…Dêem menos espectáculo e investiguem mais, senhores jornalistas!!
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23 de Março de 2017,
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quarta-feira, 22 de março de 2017
O sr Djisselbloem coloca mais um prego no "caixão" da União Europeia
Djisselbloem, o “credível” líder do Eurogrupo, (titular de um mestrado
inventado…), o “lulu” de Wolfgang Schäuble, que levou o seu partido a uma
humilhante derrota eleitoral, continua a contribuir para a subida eleitoral da
extrema-direita euroceptica.
Metaforicamente ou não, de forma boçal ou mais velada, não duvido,
seguindo a sua actuação ao longo do tempo como líder do Eurogrupo, que o sr.
Djsselbloem pensa mesmo que os países do sul andam a desbaratar o dinheiro que ele
nos “deu” (???) em mulheres e vinho.
Contudo, já há quem ande por aí a desvalorizar as hipotéticas palavra
do arrogante Djisselbloem, comoo site “Os Truques da Imprensa Portuguesa” (ver
em baixo o texto desse site).
Contudo . a interpretação algo rebuscada que aquele site faz das
palavras daquela triste figurinha que lidera o Eurogrupo, não atenua nem um
pouco a indignação que devemos sentir por aquelas palavras.
Apesar da tentativa esburacada de tentar branquear a costumada
boçalidade de Djsselbloem, este estava mesmo a referir-se aos países do sul.
Mas até podia dar de barato a justificação que o site dá para o
desvario do ainda Ministro das Finanças Holandês.
Mas foi o próprio Djsselbloem a lançar achas para a fogueira, na sua
desastrosa intervenção no parlamento europeu.
A polémica não teria atingido a dimensão que está a tingir só por causa do artigo, que até tinha passado
quase despercebido do publico em geral, se não se tivesse registado a
intervenção dessa triste figurinha, símbolo da actual elite política europeia,
naquele parlamento.
Confrontado com esse artigo por um deputado espanhol, que interpretava
aquela frase como uma acusação aos países do sul, a tal interpretação que o
site “truques da imprensa…” contesta, o sr. Djsqualuquercoisa podia ter
respondido com os argumentos do “truques…” e a coisa morria aí.
Mas não, ele, de uma forma talvez um pouco atabalhoada e confusa,
talvez depois de uma noite de copos e “mulheres”, não só não desmentiu o
deputado espanhol, como confirmou aquela interpretação.
Ou seja, pode ser verdade que no dito artigo o líder do Partido
Trabalhista holandês humilhado nas últimas eleições nesse país, não tenha dito
exactamente que os países do sul andaram a gastar dinheiro em bebidas e
mulheres, mas acabou por confessar que era mesmo isso que pensava.
Isto é, o sr Djsselbloem, confrontado com uma interpretação que até
podia ser abusiva sobre uma metáfora boçal e de mau gosto (como é seu timbre),
em vez de explicar com argumentos idênticos aos usados por aquele site, reagiu
como se pensasse : “boa idéia, era mesmo isso eu eu queria dizer e não o disse
no artigo porque não me expressei abertamente”.
Pessoalmente não é esta polémica que altera o que penso, desde sempre,
dessa figurinha. Um arrogante e boçal líder de uma instituição como o Eurogrupo,
que tem agido de forma ilegítima, e contribuído
para agravar a crise financeira na
Europa, para destruir a solidariedade europeia e que todos os dias dá
argumentos ao populismo euroceptico da extrema-direita.
Se esse senhor fosse um homem com ética, teria posto o seu lugar à
disposição assim que foram conhecidos os resultados do seu partido nas eleições
holandesas.
Por tudo o que fez nesse cargo e pela forma como continua agarrado ao
cargo, para mim, como cidadão europeu que sempre votou e pagou os seus impostos
e que sofreu na pela a austeridade mal conduzida por aquela instituição
anti-democrática, as palavras de Djsselbloem não têm qualquer valor e só
continuam a arrastar o Eurogrupo para a total ilegitimidade e, o que é mais
grave, a União Europeia para a desagregação.
Escreve esse site o seguinte:
“Não há nada que una mais um povo que ser insultado por estrangeiros. O
português não é diferente e a imprensa sabe-o.
“Vem isto a propósito das declarações de Djisselbloem, presidente do
Eurogrupo.
“Disse Djisselbloem (tradução do Público): “Na crise do euro os países
do Norte mostraram solidariedade para com os países do Sul. Como
social-democrata, a solidariedade é para mim extremamente importante. Mas quem
a pede, tem também deveres. Não posso gastar o meu dinheiro todo em bebida e
mulheres e depois disso ir pedir a vossa ajuda. Este princípio vale para o
nível pessoal, local, nacional e também europeu”.
“Nos ecos desta frase (um pouco por toda a Europa), omite-se
convenientemente, em muitos deles, a última frase. Para nós, faz toda a
diferença.
“Vejamos: Djisselbloem estava a dar uma entrevista e tinha como tal um
interlocutor direto. Deu-lhe um exemplo: não posso gastar O MEU dinheiro em
bebida e mulheres e depois pedir a VOSSA ajuda. E indicou que este princípio
governa (ou deve governar) não só as relações pessoais (como era o exemplo que
ele estava a dar) mas todas as outras.
“É claríssimo, com a citação completa, que Djisselbloem não acusou os
países do sul de gastar dinheiro em mulheres e copos. Djisselbloem utilizou uma
metáfora, que se aplica nas relações pessoais (e que cada um de nós a poderia
ter dito e concordará com ela quando aplicada nesse tipo de relações pessoais).
“Foi, porventura, uma metáfora infeliz, por dever saber que a imprensa
não perdoa. A metáfora de Djisselbloem depressa se transformou numa acusação
literal: “Djisselbloem diz que os países do sul gastaram o dinheiro todo em
bebida e mulheres”. De facto, quem é que não se insurge contra uma frase
estúpida destas? Nem sequer faz sentido!
“Entretanto, a imprensa portuguesa já cita, alterando, uma nova frase:
“Não SE PODE gastar em mulheres e álcool”. Ora, nesta formulação e sem a última
frase, a ideia de que Djisselbloem estava a utilizar um exemplo (e não a
acusar) desaparece por completo.
“Tivesse Djisselblom sido mais cauteloso e passasse a mesma mensagem
com outra metáfora: “Não posso furar os pneus da minha bicicleta e depois pedir
ajuda para a arranjar”. Já imaginaram os títulos? “Djisselbloem acusa os países
do Sul de estragarem as suas bicicletas de propósito.” Hum, não ia soar bem.
“Aceita-se a crítica do que está por detrás das palavras de
Djisselbloem: a ideia de que os países do Sul gastaram mais do que deviam, de
que os países do Norte são uns coitados que nos sustentam. Essa ideia, muitas
vezes apregoada, merece ser debatida, discutida e rebatida.
“Agora: Djisselbloem não acusou os países do sul de gastarem dinheiro
em mulheres e copos. Simplesmente, não o fez. E a imprensa que nos vende isto
sabe-o bem, mas assim vende mais”.
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sexta-feira, 17 de março de 2017
quinta-feira, 16 de março de 2017
O Eurogrupo "perde" as eleições na Holanda
São muitas as leituras que se podem fazer das eleições
holandesas.
A maioria dos comentadores aponta apenas no sentido da “derrota”
da extrema-direita.
Uma “derrota” que, bem analisada, não é assim tão evidente,
já que o partido de extrema-direita foi o segundo partido mais votado e um dos
que mais cresceu na Holanda, elegendo 20 deputados, mais cinco do que nas
eleições anteriores.
Ou seja, os que se apresaram, com base em sondagens à boca
da urna, em anunciar a “morte” da extrema direita, revelaram mais uma vez não
perceber as raízes do populismo e arriscam-se a continuar a sofrer dissabores nas
eleições que se seguem.
Mas a maior derrota foi a do Partido Trabalhista, ao qual
pertence o arrogante líder do Eurogrupo, o até aqui ministro das finanças dos
Países Baixos Jeroen Dijsselbloem.
De segunda maior força política na Holanda, o partido
trabalhista holandês ficou em 7º lugar nas eleições, elegendo apenas 9
deputados, perdendo um total de 29 deputados.
Dijsselbloem é o rosto da austeridade que foi imposta aos
holandeses nos últimos anos, mas é também o rosto do” austeritarismo” que
marcou a acção ilegítima do eurogrupo contra os cidadãos europeus e um dos
grandes responsáveis pelas divisões no seio da União Europeia que fomentaram o
crescimento do populismo de extrema-direita.
Por isso, os verdadeiros derrotados nestas eleições forma os
defensores da austeridade europeia, em especial o bando do Eurogrupo, derrota
que não foi ainda mais marcante porque a
dispersão do eleitorado holandês disfarçou a queda também abrupta do partido
conservador de Mark Rutte, que só ficou em primeiro, apesar de ter perdido 8
deputados, a segunda maior queda partidária destas eleições, graças a essa
dispersão de deputados por 13 partidos.
O facto positivo foi a grande subida da “Esquerda Verde” que
elegeu 15 deputados e a manutenção da grande votação no Partido Socialista, com
14 deputados.
Outro partido de Esquerda, o Partido pelos animais, elegeu 5
deputados, registando uma grande subida nas eleições.
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quarta-feira, 15 de março de 2017
Em Torres Vedras, nos Paços do Concelho : Exposição sobre a LUAR, com base no espólio do projecto EPHEMERA
VEDROGRAFIAS: Nos Paços do Concelho : Exposição sobre a LUAR (clicar para ler).
terça-feira, 14 de março de 2017
Afinal as acusações a Sócrates existem ou não???!!!!
Sou daqueles a quem José Sócrates nunca inspirou um pingo de confiança.
Sócrates, o político, muito antes de ter sido badalado pelas más razões
que agora vão sendo conhecidas, sempre representou, para mim, o pior da política:
um político carreirista, deslumbrado pelo poder e pelo dinheiro, um exemplo
acabado do célebre queirosiano Conde de Abranhos adaptado ao século XXI e às
novas tecnologias.
Por isso nenhuma das acusações que vieram a lume contra ele me
surpreenderam.
O que me surpreendeu foram duas coisas:
em primeiro lugar, não sendo o percurso de José Sócrates muito diferente
do percurso de tanto político do centrão formado na abundância de fundos
europeus e no crescente domínio do mundo financeiro sobre a política , surpreende-me
que, até hoje, apenas sobre ele recaiam as atenções da justiça e dos media… “Cadé
“ do Cavaco do BPN, do Coelho da Tecnoforma ou do Portas dos submarinos, para
não recuar mais no tempo????;
em segundo lugar, fico estupefacto que a justiça esteja a trabalhar a
contra-relógio esta semana, até à próxima 6ª feira, para o poderem acusar!!!!
Mas afinal o homem esteve tanto tempo preso sem haver já suficientes provas para
o acusarem? …e , passado este tempo todo, continuam sem ter acusações
suficientes para o levarem a tribunal????
Parece-me bem que esta história anda mal contada, ou porque já se
aperceberam que, para o acusarem, têm de acusar meio mundo do regime político
do centrão, ou que, graças ao bom trabalho de alguns gabinetes de advogados que
trabalham para o Estado, tudo aquilo que é eticamente condenável no mundo dos
negócios em que se moveu Sócrates é perfeitamente legal e escapa à justiça, ou
porque existem valores ainda mais altos ( a nível da União Europeia?) que podem ser atingidos se acusarem Sócrates,
ou um pouco de tudo isto...
Continuo a aguardar “cenas dos próximos capítulos”….
João Abel Manta, o cartoonista do 25 de Abril com exposição em Torres Vedras
BêDêZine: João Abel Manta, o cartoonista do 25 de Abril: João Abel Manta, nascido em 1928, filho de pintores e formado em aquitectura, homem da oposição a Salazar, destacou-se como um dos mais importantes cartoonistas portuguese da segunda metade do século XX. Os seus trabalhos vão estar em Torres Vedras a partir do próximo dia 18 de Março... (clicar para ler mais).
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sexta-feira, 10 de março de 2017
quinta-feira, 9 de março de 2017
Quando a “censura” , em nome da “liberdade”, legitima os inimigos da liberdade
Um dos combates que marcou a minha geração foi o combate contra a “censura”.
Sou daqueles que penso que todos têm direito à sua opinião, mesmo
aqueles que emitam as mais disparatadas e boçais opiniões.
Claro que a liberdade tem um limite, que é quando interfere com a
liberdade dos outros, ou, por outras palavras, “a minha liberdade termina quando
começa a liberdade dos outros”, uma frase que li uma vez, por alturas do PREC, numa tarjeta colada no carro de um democrata
torriense, o sr. João Carlos, frase essa atribuída ao Bispo do Porto, D.
António, o que ousou enfrentar Salazar, que é a inversão da frase mais positiva
de Hegel que defendia que “a minha liberdade começa quando encontro a liberdade
do outro”.
Para definir o limite dessa interferência sobre a livre opinião, para além do bom senso,
existem as leis.
Por isso também não sou daqueles que começa logo a gritar contra a “censura” quando obrigam os
responsáveis por actos e opiniões que ofendem terceiros, muitas vezes assentes
em mentiras puras e na mais abjecta boçalidade, são obrigados a responder e a pagar por esses actos.
Aquilo que se passou na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (???)
da Universidade de Lisboa é um verdadeiro acto de censura, ou, pior ainda, um
acto de censura baseado na cobardia da direcção daquela faculdade.
Não simpatizo com as ideias de Jaime Nogueira Pinto. Aliás, encontro-me
mesmo nos antípodas da sua ideologia.
Mas, discordando-se radicalmente dele, Jaime Nogueira Pinto é uma
pessoa culta, que sabe fundamentar as suas opiniões, defendendo-as sem a
boçalidade que outros usam para defender as mesmas ideias políticas daquele
professor, e, apesar das suas opiniões, considero-o um pessoa aberta a debater
e ouvir opiniões diferentes, como se prova pelo facto de participar num
programa semanal de rádio, na Antena 1, com o feliz título de “Radicais Livres”,
juntamente com o histórico líder comunista Ruben de Carvalho.
Por isso não me parece que viesse qualquer mal ao mundo se Jaime
Nogueira Pinto realizasse uma conferência na sede daquela instituição, desde
que, por um lado, ninguém fosse obrigado a assistir à mesma ou, assistindo e
discordando, pudesse manifestar as suas divergências em diálogo aberto, como deve ser obrigação num
acto público realizado num espaço universitário.
Claro que não somos ingénuos e sabemos que o grupo (??) promotor da iniciativa , um tal "Nova Portugalidade", defende as mais abjectas ideias políticas neo-salazaristas (ler clicando na frase).
Claro que não somos ingénuos e sabemos que o grupo (??) promotor da iniciativa , um tal "Nova Portugalidade", defende as mais abjectas ideias políticas neo-salazaristas (ler clicando na frase).
Infelizmente, quer a Associação de Estudantes daquela escola, que dizem
conotada com o Bloco de Esquerda, ao ameaçar boicotar o evento, (embora em declarações ao jornal I, que podem ser lidas no link em cima, desmintam essa atitude),quer, PRINCIPALMENTE, a direcção
da escola, ao ceder ao medo, saíram muito mal desta situação e deram visibilidade desmesurada a um grupo de fanáticos da direita radical, contribuindo para "legitimar" os inimigos da liberdade e da democracia que quiseram calar.
Mas, o pior de tudo, é o aproveitamento que alguns sectores estão a
fazer da situação para atacarem o actual momento político, chegando a ridículas
comparações como o PREC.
Diga-se em abono da verdade que o próprio Nogueira Pinto tem sido o
primeiro a desvalorizar a situação e a colocar “água na fervura”.
Louve-se também a atitude corajosa e generosa da Associação 25 de Abril, cedendo o seu espaço para a realização dessa conferência.
E já agora, para aqueles que passam a vida com o PREC na boca, vou
contar um episódio que se passou durante essa época, em 1975, e que prova que o
recurso à censura não é apanágio da alguma esquerda, mesmo a considerada mais
radical.
Em 1975 uma coligação de partidos de esquerda radical e
extrema-esquerda ganhou a uma lista da UEC (estudantes do PCP) as eleições para
a Associação de Estudantes do Liceu de Torres Vedras.
Dessa lista faziam parte militantes da extrema-esquerda (MRPP e
PCP(m-l) , da esquerda radical (LUAR, PRP, UDP, Anarquistas, LCI) e vários
independentes de esquerda, alguns saídos recentemente das fileiras da Juventude
Socialista e muitos deles os únicos militantes conhecidos, em todo o concelho,
de alguns desses micro-partidos.
Pois uma das primeiras decisões dessa associação “radical” foi colocar
alguma ordem na utilização dos espaços da escola para propaganda política.
Fez-se um levantamento de todos os partidos existentes, da extrema-direita à
extrema-esquerda, e dividiu-se o espaço existente para colocar propaganda,
cartazes e jornais pelo número de partidos e tendências existentes, onde, quem
quisesse representar essas forças políticas , podia colocar a propaganda. Houve
partidos que nunca colocaram nada, por não terem quem os representasse na
escola. Noutros casos, a mesma pessoa, como aconteceu comigo, colocava
propaganda de partidos diferentes com os quais simpatizava (eu colocava
propaganda do MES, da LUAR, do PRP e dos Anarquistas…).
Uma outra iniciativa (estávamos nas vésperas das primeiras eleições
livres) foi realizar um grande debate sobre a vida política nacional,
convidando representantes de todos os partidos políticos. Conseguimos a
presença de Afonso Moura Guedes, pelo PSD, Alberto Avelino, pelo PS, um
representante da FSP, organização surgida da cisão de Manuel Serra no Congresso
do PS de Janeiro de 1975, um representante do PRP (penso que Pedro Goulart),da LUAR (penso que o Fernando Pereira Marques) e
o histórico líder anarquista Emidio Santana.
Três partidos declinaram o convite, o CDS, receando enfrentar uma
assembleia hipoteticamente hostil e desfavorável, o PCP, porque recusava sentar-se ao lado de um representante do MRPP….
e o MRPP…porque se recusava a estar em
igualdade de circunstâncias com um representante dos “social-fascistas” do
PCP!!!!
Seja como for, foi uma assembleia a transbordar de alunos e professores
que participou num longo e animado debate, conseguindo unir tendências
políticas que raramente, naquela altura, se juntavam para debater publicamente
a situação do país e apresentarem as suas propostas.
… e tudo isto organizado e promovido por uma associação de estudantes
da “esquerda radical”, em pleno PREC!.
Por estas e por outras é que não podemos admitir actos de censura como
o que teve lugar naquela Faculdade, seja qual for a sua origem, pois só
contribuem para dar legitimidade aos verdadeiros inimigos da liberdade e da
democracia.
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quarta-feira, 8 de março de 2017
Hoje, Dia Internacional da Mulher, o feminismo [ainda] continua actual
Estamos em 2017 e chegamos à conclusão, hoje dia 8 de Março, dia
Internacional da Mulher, que o feminismo ainda faz sentido.
Olhando para os números divulgados frequentemente pela comunicação
social, ser homem e mulher ainda faz a diferença quando se trata de progredir
numa carreira profissional, de desigualdade salarial para o mesmo emprego, ou
mesmo de desenvolver tarefas domésticas.
Claro que a situação actual evoluiu muitos nas últimas décadas.
Em Portugal, antes de 1968, só
as mulheres que fossem chefes de família (viúvas) e tivessem estudos médios ou
superiores é que tinham direito a voto. Não que fizesse grande sentido no seio
de uma ditadura onde se realizavam “eleições” manipuladas, mas mostrava bem a
situação de inferioridade em que viviam as mulheres.
Hoje em dia o sexismo e o machismo existem, mas de forma mais dissimulada,
como se comprova pelos dados relativos a violência no meio da família ou, por
exemplo, na forma subtil desempenhado pela mulher na publicidade.
Mais grave ainda é olhar para aquilo que se passa em certas regiões do
mundo, dominadas pelo fundamentalismo religioso, uma realidade em expansão, com
a ajuda de opções erradas do ocidente “civilizado” (veja-se o que se passa na
Arábia Saudita, no Iraque pós- Saddan, na Líbia “libertada”, ou nas regiões “rebeldes”
da Síria!!!).
Hoje, mais do que nunca, o feminismo, apesar da caricatura que alguns
lhe pretendem colar e dos excessos que pouco o dignificam, a luta das mulheres
pela igualdade ainda por conquistar plenamente, continua a ser um luta justa e
necessária.
Cartazes anti-feministas do inicio do século XX
O sexismo e o machismo espreitam em cada esquina e para o recordar
seleccionamos, em baixo, um conjunto de cartazes publicitários que nos fazem
recordar o modo como a mulher era vista ainda não há muitos anos, e, embora
cada vez mais raros na publicidade, por razões de mero cálculo, para não
prejudicar o negócios, as mesmas ideias e valore que essa publicidade
transmitiam ainda continuam presentes e enraizadas na cabeça de muita gente.
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