Teve ontem lugar no primeiro canal da RTP o último debate que reuniu a
maior parte dos candidatos presidenciais (leiam AQUI a interessante reportagem que a TSF dedicou ao tem).
Faltou Maria de Belém, por razões que se prendem com o falecimento de
Almeida Santos, um dos seus mais importantes apoiantes, situação que a livrou
de ser o bombo da festa, no dia em que se soube que ela foi uma das
ex-deputadas que, vergonhosamente, requereu ao tribunal constitucional a
revisão das famigeradas subvenções vitalícias.
O debate foi dominado por Marisa Matias, que o ganhou, a única candidata presente que
soube esclarecer e cativar a audiência.
Os dois mais fortes candidatos presentes, Sampaio da Nóva e Marcelo Rebelo
de Sousa, primaram pela discrição e nada acrescentaram ao que deles já se sabe.
Foi pena Sampaio da Nóvoa ter desperdiçado esta ocasião para se afirmar,
de forma clara e frontal, como o grande candidato que é.
Pelo contrário, para além de
Marisa Matias, que se revelou a anos luz dos restantes candidatos, outros
candidatos conseguiram afirmar-se pela positiva neste debate, como Edgar Silva
pela coerência e pela frontalidade, Henrique Neto, pela sobriedade e serenidade ou o “Tino de Rans” que, genuíno, mostrou que
não é o “pateta” que muitos querem fazer dele e que até pode ser uma surpresa
nesta eleições.
Pelo contrário, pela negativa, estiveram os restantes candidatos,
mostrando que pouco têm para acrescentar a esta campanha.
Paulo de Morais, se teve o mérito de trazer para debate o grave
problema da corrupção entre os poderosos deste país, demonstrou que não tem nada de novo para acrescentar a essa
ladainha que já começa a raiar a pura demagogia.
Jorge Sequeira, além da sua boa disposição e descontracção, pouco tem
para nos mostrar e revela-se o mais irrelevante de todos os candidatos.
Mas o pior de todos foi Cândido Ferreira, boçal, convencido e
arrogante, recorrendo ao ataque pessoal contra os seus adversários e que, neste
debate foi reduzido à sua pequena dimensão política por todos os candidatos que
o confrontaram com as mentiras que tem andado a lançar nesta campanha.
Não sei se chegou, mas gostei de acompanhar o debate e espero que
contribua para reduzir a abstenção.
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