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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

OS "MEUS" PRESIDENTES DA REPÚBLICA

Desde que se realizam eleições democráticas para Presidente da República que tenho participado, umas vezes mais activamente, outras menos, muitas com maior convicção e outras com menos.

A propósito das eleições do passado Domingo dei por mim a recordar o meu sentido de voto ao longo destes últimos 40 anos de eleição presidencial.

Nas primeiras, realizadas em 1976, participei activamente na campanha eleitoral, a nível local, nos "GDUP'S", organização que nasceu para apoiar a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho, que acabou por ser batido à 1ª volta por Ramalho Eanes.

Nas segundas eleições, as de 1980, que reconduziram Eanes, e que foram as mais participadas de sempre, já votei com menos convicção, mais como voto de protesto, novamente em Otelo.

Em 1986 voltei a participar activamente na campanha eleitoral, como apoiante de Maria de Lurdes Pintasilgo, que cheguei a conhecer pessoalmente. Nestas eleições teve de se realizar uma segunda volta entre Freitas do Amaral e Mário Soares, votando "útil" neste último.

Em 1991 Mário Soares foi reconduzido e deste vez, também como voto de "protesto" votei em Carlos Carvalhas, o candidato do PCP.

Em 1996 voltei a participar activamente na campanha, fazendo parte do núcleo local de apoio a Jorge Sampaio desde a primeira hora e foi também a primeira vez que senti o "sabor da vitória". Cavaco Silva foi o derrotado.

Nas eleições que reconduziram Sampaio, e porque me pareceu que o meu voto não era necessário, optei por votar em Fernando Rosas, o candidato apresentado pelo Bloco de Esquerda, pessoa que muito estimo e que também conhecia pessoalmente.

As eleições de 2006, que deram a vitória a Cavaco Silva, são as únicas em quem não me recordo em quem votei, tal a indecisão até ao último momento. Terá sido em Jerónimo de Sousa, da CDU, ou em Francisco Louçã do BE? A dúvida vem do facto de muitas vezes ter votado, ora no PSR ora no BE quando eram liderado por Louçã.

Em 2011 exprimi logo de início o meu sentido de voto, desta vez no candidato independente Fernando Nobre, talvez a maior desilusão e, por isso o único arrependimento do meu sentido de voto.

Este ano voltei a manifestar desde cedo o meu apoio ao candidato Sampaio da Nóvoa, que fez uma excelente campanha, conseguindo tornar-se conhecido e ficando muito próximo de obrigar o candidato mediático Rebelo de Sousa a ir a uma segunda volta. Penso que a experiência política e eleitoral de Nóvoa não vai ficar por aqui.

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