Desde que se realizam eleições democráticas para Presidente da República que tenho participado, umas vezes mais activamente, outras menos, muitas com maior convicção e outras com menos.
A propósito das eleições do passado Domingo dei por mim a recordar o meu sentido de voto ao longo destes últimos 40 anos de eleição presidencial.
Nas primeiras, realizadas em 1976, participei activamente na campanha eleitoral, a nível local, nos "GDUP'S", organização que nasceu para apoiar a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho, que acabou por ser batido à 1ª volta por Ramalho Eanes.
Nas segundas eleições, as de 1980, que reconduziram Eanes, e que foram as mais participadas de sempre, já votei com menos convicção, mais como voto de protesto, novamente em Otelo.
Em 1986 voltei a participar activamente na campanha eleitoral, como apoiante de Maria de Lurdes Pintasilgo, que cheguei a conhecer pessoalmente. Nestas eleições teve de se realizar uma segunda volta entre Freitas do Amaral e Mário Soares, votando "útil" neste último.
Em 1991 Mário Soares foi reconduzido e deste vez, também como voto de "protesto" votei em Carlos Carvalhas, o candidato do PCP.
Em 1996 voltei a participar activamente na campanha, fazendo parte do núcleo local de apoio a Jorge Sampaio desde a primeira hora e foi também a primeira vez que senti o "sabor da vitória". Cavaco Silva foi o derrotado.
Nas eleições que reconduziram Sampaio, e porque me pareceu que o meu voto não era necessário, optei por votar em Fernando Rosas, o candidato apresentado pelo Bloco de Esquerda, pessoa que muito estimo e que também conhecia pessoalmente.
As eleições de 2006, que deram a vitória a Cavaco Silva, são as únicas em quem não me recordo em quem votei, tal a indecisão até ao último momento. Terá sido em Jerónimo de Sousa, da CDU, ou em Francisco Louçã do BE? A dúvida vem do facto de muitas vezes ter votado, ora no PSR ora no BE quando eram liderado por Louçã.
Em 2011 exprimi logo de início o meu sentido de voto, desta vez no candidato independente Fernando Nobre, talvez a maior desilusão e, por isso o único arrependimento do meu sentido de voto.
Este ano voltei a manifestar desde cedo o meu apoio ao candidato Sampaio da Nóvoa, que fez uma excelente campanha, conseguindo tornar-se conhecido e ficando muito próximo de obrigar o candidato mediático Rebelo de Sousa a ir a uma segunda volta. Penso que a experiência política e eleitoral de Nóvoa não vai ficar por aqui.
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