A vitória esmagadora do Partido Conservador nas eleições britânicas foi
mais uma derrota humilhante para a actual estratégia dos burocratas de Bruxelas e para o modelo que pretendem impor na União Europeia.
Na Grã-Bretanha venceu o discurso eurocéptico, xenófobo e nacionalista
dos conservadores, que conseguiram cativar os votos da extrema direita.
Mas venceu também a solução económica e financeira seguida pelo partido
conservador para ultrapassar a crise britânica, totalmente diferente da seguida
pela troika nos países do eurogrupo e a rápida recuperação económico-financeira
daquele país mostra a falência do modelo que essa troika impôs na Europa
continental, com resultados totalmente inversos.
O Partido Trabalhista, o mais europeísta de todos os partidos
concorrentes, sofreu uma derrota humilhante, não só pela forma como defendeu a
União Europeia, como pelo facto de ter recuperado a figura repugnante de Tony
Blair.
Um pouco por todo o lado, os defensores da burocracia de Bruxelas e do
modelo financeiro imposto por Berlim vão sofrendo derrotas eleitorais, mesmo
que os eleitores escolham outros males ainda maiores, como o reforço da
xenofobia e do nacionalismo.
Para memória futura, os burocratas da troika não se podem queixar de
não estarem a ser avisados sobre o caminho para onde conduzem a Europa se
insistirem em impor o modelo austeritário aos seus cidadãos, ao mesmo tempo que
alinham no discurso da extrema-direita xenófoba par não perderem votos.
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