A da revista francesa de arte, "BeauxArts" dedica uma edição "fora de série" à forma coma a Banda Desenhada tem tratado o tema da Primeira Grande Guerra, da qual se comemora agora o primeiro centenário.
Que uma revista de arte, como o prestígio daquela, dedique um número especial à Banda Desenhada é bem revelador do reconhecimento que, lá por fora, é dado à Banda Desenhada como um dos mais criativos géneros artísticos contemporâneos.
Sem preconceitos, em editorial, essa revista assume que a força visual e narrativa da 9ª arte é uma das formas artísticas mais eficaz para tratar uma tal "ópera de morte e de fogo" como o foi a Primeira Guerra.
Consideram ainda os responsáveis por aquela revista que a BD é "mais lirica que o cinema", capaz de reproduzir os ambientes dramáticos daquela guerra.
Um dos principais autores homenageados e citados é Tardi, que dedicou grande parte da sua obra a retratar este conflito, sendo da reprodução da sua obra que se faz a capa desta revista.
A revista percorre a história dos autores que retrataram o acontecimento, com a inclusão de histórias integrais dalguns deles, desde os históricos "les Pieds nickelés" até à obra do norte-americano Joe Sacco, que dá aqui uma rara entrevista, sem esquecer o luso-descendente Cyril Pedrosa, um dos mais destacados e inovadores autores da BD contemporânea.
O prisma da Primeira Guerra vista pela banda desenhada é um forma original e criativa de recordar o centenário desse acontecimento.
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