Em vésperas de eleições europeias, e prevendo-se um resultado
fortemente penalizador par os partidos que dominam uma “União Europeia”
responsável por estes últimos anos de política anti-social e que desrespeita os
direitos dos seus cidadãos, nada melhor do que tentar branquear todas as
malfeitorias dos últimos anos.
O nome de “saída Limpa” ´é de facto um bom título publicitário e
propagandístico para o branqueamento dessas políticas e para disfarçar a
incompetência das instituições europeia responsáveis pelos erros da troika .
Parafraseando um liliputiano político local, líder parlamentar de um
dos previsíveis partidos derrotados nessas eleições, é caso para dizer que "a
vida das cidadãos europeus não está
melhor mas o a Europa da alta finança e dos especuladores está muito
melhor".
Mas vamos a factos sobre os custos da tal “saída limpa”:
Em Portugal a taxa de desemprego em 2009 era de 9,5%. Actualmente
ultrapassa os 16%. Se observarmos esses valores de forma sectorial, o
desemprego jovem e o desemprego de longa duração, esse números mais que
duplicaram. Além disso, aqueles números só não são piores por obra de muita
engenharia estatística e pelo aumento da emigração de muitos portugueses em
idade activa;
A dívida Pública, no início da intervenção da Troika, rondava os
80%.Actualmente está próxima do 130%;
O PIB per capita rondava os 70% da média Europeia no principio deste
século. Hoje estamos mais longe, afastámo-nos mais 5% da média europeia.
Os níveis de emigração aproximam-se dos registados nos anos 60, com
custos graves a nível de perda de mão-de-obra qualificada e jovem.
Se juntarmos a tudo isto a redução de salários e pensões, o brutal
aumento de impostos, o aumento da precaridade no emprego e do número de
assalariados a receber salários de miséria e todos os dramas sociais que têm
vindo a crescer, estamos falados sobre o que se entende por “saída limpa”.
O objectivo eleitoral da maioria de nos vender a “saída limpa” vai sair
caro aos portugueses, que vão estar sujeitos a trabalhar nas próximas décadas
para pagar os erros do programa de ajustamento que nos foi imposto pela troika
e executados por um governo subserviente e servil.
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